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Agronegócios
Quinta - 01 de Dezembro de 2005 às 14:15
Por: Gustavo Porto

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São Paulo, 01 - A Associação Brasileira dos Exportadores de Cítricos (Abecitrus) estima que a queda no Produto Interno Bruto (PIB) da cadeia citrícola em 2005 foi de R$ 750 milhões. O valor corresponde à variação cambial entre o começo e o fim deste ano. De acordo com o presidente da Abecitrus, Ademerval Garcia, o valor do dólar no começo do ano era de R$ 2,70 e atualmente está em R$ 2,20, o que trouxe uma defasagem de até 35% no faturamento das indústrias exportadoras de suco de laranja. "O nosso setor é o que mais depende do comércio exterior já que 98% da nossa produção é exportada", disse.

O executivo criticou a política cambial adotada pelo governo federal baseada no dólar flutuante. "Ao contrário do que fala o ministro (Antonio Palocci) nós estamos próximos de um dólar naufragante do que de um dólar flutuante", disse Garcia.

O aumento superior a 50% em dólar no preço do suco de laranja no mercado internacional ainda não refletiu, de acordo com a Abecitrus, no aumento do PIB do setor, o que deve só ocorrer em 2006. Para o próximo ano, a associação estima uma recuperação nos preços da commodity baseada numa oferta restrita do suco de laranja e numa redução dos estoques tanto em São Paulo como na Florida. A atual safra no parque comercial citrícola brasileiro deve ser de 320 milhões de caixas, das quais 280 milhões de caixas deverão ser processadas. "Há algum tempo nós estamos produzindo menos do que estamos exportando, ou seja, no fim da safra teremos estoques próximos de um nível técnico para que o setor se sustente", explicou Garcia.

A Abecitrus estima que o estoque de passagem de suco de laranja da safra 2005/06 para 2006/07, em 1º julho de 2006, ficará entre 130 mil e 150 mil toneladas. Isso significaria que toda a produção de laranja da próxima safra seria processada e exportada. O cenário restrito de produção de suco terá a colaboração da quebra da safra nos Estados Unidos, já que a Florida, principal produtor daquele país, deve ter uma colheita que ficará em 160 milhões e 170 milhões de caixas. "Há duas safras os americanos também estão reduzindo os estoques porque o consumo interno tem sido bem maior que a produção", disse.




Fonte: Agência Estado

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