Comissão critica autoridades pelo massacre de Beslan

Vladikavkaz, Rússia - Um comitê de investigação divulgou as conclusões do inquérito sobre a sangrenta tomada de reféns na Escola Número Um de Beslan, na Ossétia do Norte, em 2004. O relatório acusa autoridades locais de terem frustrado os esforços de resgate, e exigiu a punição dos culpados. Stanislav Kesayev, diretor de um comitê criado pelo Parlamento regional, disse que sua equipe concluiu que as ações do Ministério de Interior da Rússia e do Serviço Federal de Segurança foram "insatisfatórias".

De acordo com ele, as autoridades responsáveis pela má condução da crise deveriam ser punidas para que "a tragédia de Beslan não se repita em outras regiões da Rússia". Militantes islâmicos armados atacaram a Escola Número Um de Beslan em 1º de setembro de 2004, primeiro dia do ano letivo na Rússia. Mais de 1.100 crianças, pais e funcionários foram mantidos reféns no ginásio da escola, que foi isolado pelos seqüestradores com explosivos.

A crise estendeu-se por três dias e terminou tragicamente, com 331 pessoas mortos em explosões e troca de tiros entre forças do governo e seqüestradores. Dos mortos, 186 eram crianças.