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Politica Brasil
Segunda - 28 de Novembro de 2005 às 08:15
Por: Lou de Olivier

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Quem nunca teve um único problema, uma única situação que lhe fugiu totalmente ao controle? Quem nunca pensou que vivia um determinado problema por ter agido desta e não daquela maneira? Quem nunca ficou sentindo-se culpado, tentando achar onde, em que ponto errou para acabar vivendo uma situação aparentemente sem solução? Isso é muito freqüente em relacionamentos amorosos, de amizade e até profissionais.

Fatores simples, não se sabe bem por que, acabam transformando-se em barreiras quase intransponíveis e criando situações constrangedoras, descabidas e, geralmente, fora de controle.

Quando vivemos uma estória que parece escrita por um autor totalmente insensível diante de nossas necessidades e, por isso mesmo, desencadeando reações e situações insustentáveis, nossa primeira reação é culpar o destino, o karma, os pais que não nos orientaram a lidar com situações incontroláveis e, depois de culparmos tudo e todos, terminamos por nos culpar. Ai vem a fase mais difícil; a de encontrar em nós mesmos os motivos para tamanha complicação. E, com isso, só conseguimos nos estressar e arrastar o problema indefinidamente.

Na verdade, tudo isso pode e deve ser evitado se tomarmos algumas precauções:

A primeira é analisar friamente a situação que estamos vivendo. Como e porque chegamos a ela, qual foi o ponto de partida.

Depois devemos analisar qual caminho percorremos, reconstruir as cenas e rever cada momento, erros e acertos até chegarmos à situação atual e isso vale para nós e para todas as pessoas envolvidas na situação. É preciso analisar as atitudes de cada um sob nosso ponto de vista e, o mais difícil, sob o ponto de vista dos outros envolvidos. Neste ponto, precisamos, de fato, nos colocar no lugar do(s) outro(s)...

Após essas análises, se chegarmos à conclusão de que a culpa foi mesmo nossa, simples, basta nos desculparmos com a pessoa ou pessoas envolvidas no problema. Se entendermos que o erro foi nosso, mas também de outras pessoas envolvidas, um pedido de desculpas e uma proposta de diálogo franco, provavelmente resolverá. Se verificarmos que não tivemos culpa alguma, se constatarmos que o problema está em outra pessoa, teremos duas atitudes possíveis; tendo intimidade com a pessoa, poderemos procura-la e falar francamente, talvez ela até nos agradeça por estarmos alertando-a ou não sendo um amigo íntimo, poderemos dar alguma dica, induzi-la a pensar a respeito e, certamente, a própria pessoa acabará por entender seu erro e irá se desculpar.

Se depois de muita análise chegarmos à conclusão de que o problema foge a todas as atitudes humanas, se parece causado por um fator independente de nossas atitudes, poderemos tentar soluciona-lo procurando um curso, entendendo, ao menos, as leis básicas de física ou até procurando uma crença ou religião. O importante é tentarmos entender e solucionar o problema por maior e mais inexplicável que ele pareça. Só assim, conseguiremos, de fato, exorciza-lo, seguindo a vida sem nenhum martírio. Por que não importa qual o caminho escolhido, o que vale, é agirmos, encarando os fatos de frente e solucionando-os da melhor forma possível, por mais difícil que possa parecer sua solução.

Existe uma outra maneira de evitarmos uma situação insustentável; É analisar tudo friamente antes de tomar qualquer atitude, pesar prós e contras e somente depois de muita análise, tomarmos ou não uma iniciativa, darmos ou não início a uma situação. Mas, francamente, não recomendo essa segunda opção. Primeiro por que, se analisarmos tudo com frieza antes de tomarmos alguma atitude, provavelmente, nunca iniciaremos nada. Segundo por que, se eu levasse ao pé da letra essa minha sugestão, jamais escreveria esta matéria, ninguém a leria e jamais em tempo algum, alguém conheceria essa versão do assunto... © Lou de Olivier – Psicopedagoga e Multiterapeuta





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