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Politica Brasil
Segunda - 28 de Novembro de 2005 às 07:19
Por: Valéria Cristina da Silva

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Depois que determinou a quebra do sigilo bancário do candidato derrotado à Prefeitura de Cuiabá em 2004, Alexandre Cesar (PT), e do empresário Rodrigo Piovezan, o juiz eleitoral da 1ª zona, Paulo Sérgio de Souza, também determinou que a partir de agora o processo deverá correr em segredo de Justiça. Esta é uma exigência legal quando a tramitação de um processo envolve documentos bancários, que não são de livre acesso a qualquer cidadão. Por isso mesmo o jornal A Gazeta não poderá divulgar mais o andamento das investigações da Polícia Federal, como vinha fazendo desde a abertura do inquérito que investiga prática de caixa 2 na campanha petista, há pouco mais de um mês.

A quebra do sigilo bancário foi concedida a pedido do delegado Renato Sayão, que preside o inquérito na PF. Ele também pediu dilação de prazo e o juiz concedeu mais 90 dias conclusão das investigações. O processo deve retornar à PF esta semana. Contudo, o trabalho só deve ser retomado pelo delegado na próxima semana. Ele viajou ontem e só retorna em sete dias. Quando voltar, Sayão vai examinar os documentos bancários solicitados e deve convocar Alexandre César para depor.

O inquérito da PF foi aberto a pedido da promotora eleitoral Rosana Marra. Ela fez a solicitação depois que A Gazeta passou a divulgar com exclusividade, e baseada em documentos, dívidas não contabilizadas pelo PT na prestação de contas do candidato ao Tribunal Regional Eleitoral. Essas dívidas, quase todas reconhecidas em confissões registradas em cartório, chega a R$ 3,5 milhões. Para a Justiça Eleitoral o candidato só oficializou um débito de R$ 964 mil. No total, a dívida do PT hoje (oficial e extra-oficial) soma quase R$ 5 milhões.

A única parte da dívida não contabilizada que não está confessada em cartório são R$ 501 mil reclamados pelo economista Walter Dorighelo. Ele teria feito um contrato verbal para serviço de coordenação de marketing na campanha do petista e só teria recebido R$ 99 mil de um total combinado de R$ 600 mil. O economista cobra esse valor na Justiça do Trabalho. Também são credores do PT a banda Stillo Pop Som, Gráfica Print e Maior Serviço e Comércio. Piovezan é sócio proprietário da Beta Vídeo e foi incluído na quebra de sigilo bancário porque teria feito uma triangulação de recursos que pode caracterizar lavagem de dinheiro. Sua empresa tem cerca de R$ 900 mil para receber do PT.





Fonte: A Gazeta

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