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Sexta - 21 de Dezembro de 2012 às 09:28
Por: Lucas Bólico

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Se a Polícia Federal tivesse descoberto o fio da meada dos R$ 8 milhões que supostamente seriam usados para comprar votos na eleição do segundo turno em Cuiabá, travado entre Mauro Mendes (PSB) e Lúdio Cabral (PT), o prefeito eleito talvez sequer teria sido diplomado. A declaração foi feita na manhã de hoje pelo ex-secretário extraordinário da Copa e colaborador da campanha petista, Eder Moraes, ao chegar na sede da Polícia Federal para prestar depoimento sobre as eleições.

“Eu torço muito, acredito e confio na instituição Polícia Federal e tenho certeza que vão chegar exatamente ao fio desta meada e posso afirmar que se chegarem realmente ao fio dessa meada. Se tivessem chegado, talvez um prefeito não tivesse tomado posse”.

Eder Moraes também prestará esclarecimentos sobre sua possível relação com as camisetas encontradas em um dos comitês do PT. As vestimentas eram um arremedo do uniforme utilizado por agentes da Polícia Federal e, de acordo com a assessoria jurídica do então candidato Mauro Mendes, seriam usadas para coagir eleitores e apoiadores do empresário no dia da votação.

Ao chegar à sede da PF, Moraes afirmou que nada tem a ver com o caso dos falsos uniformes e alegou que só ficou sabendo do caso por meio da imprensa, no dia da apreensão. “Então o que a PF sabe pra mim é importante também para eu ter conhecimento do que houve. Dos fatos, eu tomei conhecimento com a imprensa”, declarou.

“Não tenho nada a ver com camisetas, não é problema meu, pelo que sei não é camiseta que expressa qualquer partidarismo, mas é importante comparecer e explicar. Acho que todos aqueles que participaram do processo eleitoral, se forem realmente convidados a explicar o que houve tem de vir explicar. Da minha parte, o que houve foi que eu tive conhecimento dos fatos pela imprensa”.

Corpo fora

Moraes ainda “lembrou” que oficialmente nunca foi autorizado a falar oficialmente pela coligação Cuiabá Mato Grosso Brasil (PT-PMDB). “Eu não respondo pela campanha do Lúdio, isso foi colocado pelo próprio Lúdio durante a campanha. O coordenador geral da campanha era o Alexandre Cesar (PT) e isso foi colocado por ele também que eu não falava pela campanha do Lúdio. Não ocupei cargo na campanha do Lúdio, não assinei pela campanha do Lúdio”.

“Personagem folclórico”

Eder explicou ainda que o escritório em que as camisetas foram encontradas não era seu. “Tem que perguntar pra quem fez, isso não passou por mim. Não era escritório meu, era um escritório político e alugado para fim político. Eu não tenho nenhum escritório naquele prédio. Cria-se um folclore muito grande sobre as pessoas. Uma mentira falada várias vezes acaba se tornando verdade e chega um momento que é necessário esclarecer os fatos. Então vamos esclarecer, não tem problema”, finalizou.






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