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Politica Brasil
Sexta - 25 de Novembro de 2005 às 09:35
Por: Lígia Tiemi Saito

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O prefeito de Lucas do Rio Verde (a 360 km ao Norte de Cuiabá), Marino José Franz (PPS), anunciou que, diante da crise financeira, vai fechar a prefeitura por três semanas consecutivas, a partir de 12 de dezembro. Só vai reabri-la para atendimento ao público em 02 de janeiro. Serão mantidos neste período apenas os serviços essenciais.

Segundo Marino, esta foi a maneira que encontrou para reduzir gastos e tentar encerrar o ano sem déficit. Assim como os demais municípios cuja economia depende basicamente do agronegócio, a arrecadação de Lucas vem caindo sistematicamente desde maio, quando a receita foi de R$ 3,3 milhões. Em outubro chegou a R$ 2,6 milhões.

"Aqui tá mais para Clementina de Jesus do que para Vera Fischer. Estamos arrecadando 20% a menos do que em maio". O prefeito explica que durante o período em que a prefeitura permanecerá fechada, os serviços essenciais não vai ser prejudicados. Nesse período, grande parte dos servidores deverá tirar férias.

Com a folha dos 900 servidores, a prefeitura gasta R$ 1,070 milhão mensais. A cada mês, a folha provoca maior impacto no orçamento. Somado ao custeio, cuja previsão média anual é de R$ 2,250 milhões, começa a faltar dinheiro no caixa da prefeitura. "Vou fechar a prefeitura para adequar a Lei de Responsabilidade Fiscal. Temos que parar os gastos".

Os recursos que ainda existem serão suficientes apenas para cobrir a folha de dezembro, o décimo-terceiro e repasses constitucionais à saúde e à educação. Franz espera que no próximo ano a taxa de câmbio se recupere. Diz que se, o dólar permanecer no atual patamar, daqui a três anos o Estado voltará a ser o que era na década de 70. "O cenário atual leva à falência coletiva".

O gerente de cidade Valni Volpato ressalta que, apesar da crise, todas as contas do município estão em dia. A expectativa é que a receita de novembro seja a menor do ano: R$ 2,5 milhões. Mas em dezembro haverá redução de gastos por conta do fim do contrato de cerca de 200 trabalhadores temporários. "Trabalhávamos com déficit de R$ 500 mil, mas estamos evitando despesas. Vamos chegar no zero". Das 23 frentes em obras, apenas 12 foram mantidas. Para 2006, já foi determinada redução de R$ 6 milhões no orçamento.





Fonte: A Gazeta

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