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Meio Ambiente
Sexta - 25 de Novembro de 2005 às 02:18

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São Paulo - Uma nova análise de dados passados pela sonda Cassini, que orbita atualmente Saturno, mostra que um de seus anéis é, na verdade, um longo espiral. Os astrônomos achavam que o anel F era formado por segmentos que, à distância, pareciam unidos, segundo observações feitas pelas sondas Voyager que passaram por ali em 1980 e 1981. Na realidade, a estrutura é contínua, não fragmentada, envolve o planeta pelo menos três vezes e apresenta uma dinâmica diferente da dos demais anéis.

Como os outros, o F é constituído por uma mistura de poeira cósmica e pequenos fragmentos. Ele parece ser o resultado da rotação de Saturno: o movimento foi alongando a nuvem de partículas. O formato espiral foi descoberto quando uma equipe de astrônomos franceses e americanos viu a um "filme de 360º" produzido pela Cassini - na realidade, um mosaico de imagens do anel tiradas em diferentes momentos.

A equipe agora pesquisa se um candidato a satélite (que por enquanto só possui um nome técnico, S/2004 S6), que cruza o anel F, pode ter ajudado a formar a espiral. Os detalhes serão publicados amanhã na revista americana Science.

Um satélite mais próximo, a Lua, também é objeto de pesquisa na mesma edição. Três pesquisadores alemães e um inglês defendem que a Lua se solidificou por volta de 4,5 bilhões de anos atrás, quando o Sistema Solar ainda era jovem, com 50 milhões de anos.

A data foi obtida pela análise de metais em amostras do solo lunar trazidas pelas missões Apolo, da Nasa. Ela é consistente com a hipótese do grande impacto, que ocorreu 30 milhões de anos depois do sistema surgir. Um objeto do tamanho de Marte bateu no planeta ainda em formação e ejetou um terço de sua massa no espaço, que teria então se condensado para formar o satélite.





Fonte: AE

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