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Politica Brasil
Quinta - 24 de Novembro de 2005 às 09:43
Por: Téo Menezes

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Em depoimento à juíza Célia Regina Vidotti, Dilma Mota Cursino acusou o ex-presidente da Imprensa Oficial de Mato Grosso (Iomat), Cláudio Pires, de lhe propor acordo escuso para "abafar" desvio de dinheiro público. Em troca de imputabilidade, a ex-diretora-financeira teria que assumir sozinha a autoria do crime e ressarcir o Estado em apenas R$ 43 mil. Teriam sido desviados mais de R$ 150 mil.

O acordo, segundo Dilma, foi proposto quando a Secretaria de Estado de Administração (SAD) detectou o desvio. Isso teria ocorrido no fim do primeiro semestre deste ano, quando Dilma e Pires ainda comandavam a Iomat e o escândalo não tinha vindo à tona.

De acordo com Dilma, o acordo chegou a ser reconhecido em cartório. O objetivo era restringir as investigações à Procuradoria-geral do Estado (PGE), o que resultaria apenas em punições administrativas. Além de exonerados da função, Dilma e Pires foram indiciados por lavagem de dinheiro e peculato - apropriação de dinheiro público. Só este último crime pode resultar em pena de 2 a 8 anos de detenção.

"Fica tranquila que eu sei o que estou fazendo", teria dito Pires, segundo Dilma. Ela afirmou ainda que o ressarcimento de R$ 43 mil se referia ao rombo detectado até o momento pela SAD. A ex-diretora-financeira da Iomat, no entanto, ponderou que saberia dizer o quanto foi desviado - confira abaixo a reprodução.

A promotora Ana Cristina Bardusco Silva estima que foram desviados R$ 152 mil. Claudiomiro Pires Camargo, como se chama o ex-presidente da Iomat e do PPS de Cuiabá, é investigado também pela Polícia Judiciária Civil por suposto roubo de maquinário gráfico do Estado. Somando-se ao desvio de dinheiro, o prejuízo ultrapassaria R$ 750 mil.

Outro lado - Em depoimento à juíza Célia Regina Vidotti, o ex-presidente alegou que, ao saber das irregularidades, chamou Dilma para esclarecer as denúncias na SAD e assumir a responsabilidade pelos atitudes tomadas voluntariamente. Negou acordo escudo. A ex-diretora-financeira alega que foi coagida por medo de perder o emprego.





Fonte: A Gazeta

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