Índice de carros recuperados é de 78%

Dados da Polícia Civil mostram que de um total de 1.269 ocorrências de roubo e furto de veículos registradas na Grande Cuiabá este ano, 1.001 foram resolvidas. Este número representa 78.72% dos carros pequenos, motos, caminhonetes, carretas, caminhões e outros tipos, que retornaram para os seus verdadeiros donos devido ao trabalho realizado pela Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos (Derfva), polícias Militar e Rodoviária Federal (PRF).

De acordo com a titular da Derfva, delegada Vera Rotildes, a polícia tem trabalhado cada vez mais para dificultar a venda, adulteração e desmanche ou evitar que o carro roubado seja levado para a Bolívia. Este objetivo tem sido alcançado com a identificação e prisão dos autores dos roubos e furtos.

Neste ano, a Derfva já identificou cinco quadrilhas de roubo de carros pequenos e duas de pick-ups. “Em relação a motos normalmente são prisões individuais”, disse.

De acordo com Vera Rotildes, atualmente as caminhonetes importadas, como a Hilux, têm a preferência das quadrilhas. “Tivemos uma época em que o Fiat Uno era o mais visado. Com o combate e identificação das quadrilhas, o roubo deste tipo de carro diminuiu. Hoje a incidência maior é de caminhonetes”.

A delegada destacou que os roubos de carretas também foram consideravelmente controlados. “A gente acredita que esse controle é fruto do trabalho realizado pela delegacia e a detenção das quadrilhas”.

Entre quarta e quinta-feira, por exemplo, a delegacia registrou três ocorrências de veículos roubados e recuperou outros dois. No bairro Jardim Imperial, em Cuiabá, foi localizado um Gol branco e, no 31 de Março, uma moto Honda Twister.

Embora considere que o atual percentual de veículos recuperados seja bom, Vera Rotildes aponta a necessidade de aumentar o número de investigadores. “É um percentual positivo, mas gostaríamos de ter mais investigadores trabalhando”, comentou.

A delegacia conta com cinco investigadores no expediente que atuam na Grande Cuiabá e também fazem o trabalho de distribuição de informações para o interior. “Precisaríamos ter pelo menos seis equipes de três investigadores”, disse.

Vera Rotildes revelou ainda que Derfva está investigando uma nova forma de atuação das quadrilhas. “Está havendo um novo ‘modus operandi’ em torno do roubo de pick-ups, que estão tendo os chassis adulterados e sendo levadas para o interior de Mato Grosso ou para outros estados, como Goiás, Acre, Rondônia e Pará”.