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Meio Ambiente
Quinta - 17 de Novembro de 2005 às 16:56

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As mudanças climáticas elevam progressivamente a temperatura dos rios, lagos e oceanos do planeta, o que coloca em risco a sobrevivência dos peixes. Segundo o Fundo Mundial da Natureza (WWF), os animais são prejudicados pela redução do oxigênio na água, o que também dificulta a reprodução.

"A água mais quente representa menos comida, reprodução mais difícil e menos oxigênio para os cardumes de peixes de água doce e salgada", afirmou um relatório publicado nesta quinta-feira pelo WWF uma semana antes de uma conferência mundial sobre a mudança climática e o Protocolo de Kioto que acontecerá em Montreal, no Canadá.

Segundo o documento, as mudanças climáticas são responsáveis por alterações no ritmo e na quantidade de chuvas, assim como na temperatura e no nível de rios e mares. "É necessário proteger a população de peixes, tanto de água salgada quanto doce, já que é um de nossos animais de maior valor biológico, nutricional e econômico", afirmou o chefe da Unidade de Política Européia do Clima e Energia do WWF, Stephan Singer.

Essas mudanças aumentam a pressão sobre os peixes, já ameaçados por um excesso de pesca que reduziu em 75% a população total desses animais, disse a responsável pelo WWF, Katherine Short. De acordo com ela, a temperatura média do planeta subiu 0,7 grau centígrado no último século.

O relatório sustenta, por exemplo, que o aquecimento progressivo da água pode ter impacto na população de determinados peixes, pois prejudica seu crescimento e sua taxa reprodutiva. Assim, alguns peixes de águas temperadas, como o salmão, o bagre e o esturjão, não podem se reproduzir se as temperaturas de inverno não chegarem a um mínimo determinado.

Além disso, Short disse que a quantidade de oxigênio dissolvido na água está diminuindo, o que dificulta que os peixes de água doce o filtrem para respirar.

Outra conseqüência do aquecimento é que certos peixes são obrigados a abandonar seu habitat natural em busca de temperaturas mais frias, o que deixa outras espécies animais em sérias dificuldades para encontrar alimento.

Em 1993, por exemplo, um deslocamento de peixes para as profundezas do Golfo do Alasca em busca de regiões mais frias fez com que cerca de 120 mil aves marinhas morressem de fome por não serem capazes de submergir o suficiente para alcançar os animais dos quais se alimentavam.

Além disso, o WWF advertiu que os agentes patógenos e os parasitas que afetam os peixes se desenvolvem mais rapidamente à medida que aumenta a temperatura, se tornando mais perigosos.




Fonte: Agência EFE

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