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Internacional
Quarta - 16 de Novembro de 2005 às 23:55

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Londres - Apesar das negativas iniciais, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos (Pentágono) admitiu o uso de bombas de fósforo branco como armas incendiárias, durante uma ofensiva contra a cidade iraquiana de Faluja. Veteranos da sangrenta ofensiva contra Faluja relataram a comandantes que as bombas de fósforo branco foram usadas para "desentocar" rebeldes. Em seguida, outros tipos de bombas convencionais foram usadas para matá-los.

Na semana passada, o canal de notícias 24 horas da emissora estatal de televisão italiana RAI levou ao ar um documentário no qual os Estados Unidos eram acusados de usar indiscriminadamente bombas de fósforo branco contra civis iraquianos durante a ofensiva, promovida em novembro de 2004.

O tenente coronel Barry Venable, porta-voz do Pentágono, negou que as bombas de fósforo branco tenham sido usadas de forma maciça e indiscriminada contra civis durante a ofensiva, conforme acusa a reportagem. Venable insistiu que o armamento foi usado somente contra rebeldes. Entretanto, as imagens divulgadas pela RAI em seu documentário mostram corpos de mulheres e crianças consumidos pelo fósforo branco.

A Convenção sobre o uso de Armas Convencionais Determinadas proíbe o emprego das cápsulas explosivas de fósforo branco - um tipo de bomba incendiária cujas partículas queimam em contato com a pele - contra alvos civis. De acordo com o Protocolo III da convenção, as bombas de fósforo branco podem ser utilizadas somente para iluminar campos de batalha e criar "cortinas de fumaça", mas nunca como armas incendiárias. Entretanto, os EUA não são signatários do Protocolo III.





Fonte: AP

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