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Nacional
Segunda - 14 de Novembro de 2005 às 10:16

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Morto neste domingo em conseqüência de graves queimaduras por ter ateado fogo ao corpo no sábado, durante manifestação em Campo Grande, o ambientalista Francisco Anselmo de Barros, 65 anos, deixou uma carta aos amigos, aos quais diz que os técnicos que lutam pelo meio ambiente "estão vendo o barco afundar e ninguém faz nada". Ele diz na carta que " vamos dar a vida para salvar o Pantanal".

"Meus queridos pares,

Pioneiros no Brasil na questão do meio ambiente, hoje somos passados para trás por interesses de maus políticos, maus empresários e PhDs de aluguel. Em termos de Brasil, estamos vendo o barco afundar e ninguém diz nada.São transgênicos entrando de contrabando pelo Sul, e o governo apoiando. São queimadas da Amazônia, e o governo impassível. Gente com terra do tamanho de um Estado, e a gente sem terra. É transposição do rio São Francisco, no lugar de revitalização.

No Pantanal, querem fazer do rio Paraguai um canal de navegação com portos para grandes embarcações e grandes comboios. É pólo siderúrgico, é pólo gás-químico. Agora, querem fazer usinas de álcool na Bacia do Alto Paraguai. Um terço dos deputados estaduais são a favor. Um terço contra. E um terço sem saber o que é. Já que não temos votos para salvar o Pantanal, vamos dar a vida para salvá-lo."





Fonte: Globo Online

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