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Economia
Domingo - 13 de Novembro de 2005 às 11:25
Por: Anelize Moreno

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O dinheiro da Compensação Financeira pela Utilização de Recursos Hídricos (CFURH) repassado aos dez municípios mato-grossenses que possuem usinas hidrelétricas de R$ 2,123 milhões de janeiro a julho de 2004 aumentaram para R$ 2,691 milhões no mesmo período deste ano. Um crescimento de 26,75%, conforme dados mais recentes da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), responsável pelas transferências. A verba é recolhida pelas usinas de acordo com o volume de geração de energia e repassada às cidades como forma de incrementar a receita, mas para alguns municípios o recurso é insuficiente para compensar os transtornos provocados com a construção das empresas.

Chapada dos Guimarães recebe mensalmente cerca de R$ 71,123 mil em função da construção da usina de Manso no município. O valor é considerado baixo mediante os prejuízos sociais provocados pelo alagamento de 363 quilômetros quadrados (km2) no território municipal.

O secretário de Finanças da cidade, Argeu Ortiz Kerber, calcula que as despesas provenientes da construção da barragem chega a R$ 3 milhões. Esse montante é gasto pela prefeitura para manter seis linhas de ônibus, construir postos de saúde e pontes e recuperar quatro escolas usadas por moradores removidos da área alagada. "Escolas, casas e pontes tiveram que ser refeitas. As antigas hoje estão submersas".

O município gasta ainda cerca de R$ 100 mil ao ano com a manutenção de balsas para interligar a população dos lugarejos de Água Branca, Água Fria e João Carlos até a cidade de Chapada dos Guimarães.

Kerber conta que está tentando uma negociação com Furnas Centrais Elétricas, concessionária que administra a usina, para reaver o dinheiro investido pelo município. "Caso eles não aceitem vamos entrar na Justiça". Apesar disso o secretário lembra que Furnas investiu R$ 600 mil na construção de uma estrada que liga Água Fria ao asfalto próximo à Manso.

Procurada para comentar sobre o assunto Furnas se restringiu em informar, por meio da assessoria de imprensa, que desconhece qualquer débito junto ao município em função de despesas decorrentes da construção de Manso. A concessionária não respondeu às perguntas relacionadas aos prejuízos sociais provocados pela usina.




Fonte: A Gazeta

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