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Politica Brasil
Domingo - 13 de Novembro de 2005 às 11:19
Por: Valéria Cristina da Silva

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O juiz eleitoral da 1ª Zona de Cuiabá, Paulo Sérgio Carreira de Souza, afirma que hoje não há mecanismos que permitam à Justiça Eleitoral, apenas na prestação de contas, detectar atos de irregularidades como prática de caixa 2, por exemplo. O magistrado foi quem julgou as contas do petista Alexandre Cesar como candidato a prefeito de Cuiabá em 2004. As contas foram aprovadas com ressalvas.

O magistrado argumenta que apesar da campanha eleitoral de Alexandre estar sendo investigada pela Polícia Federal por possível utilização de caixa 2, ele não tem porque sentir qualquer desconforto quanto a isso. A prestação de contas analisada pela Justiça Eleitoral passa por uma avaliação formal onde os candidatos apresentam receitas e despesas. São apresentados também documentos para provar o que foi declarado. Mas fora disso, não se pode fazer nada. "Não ficamos indo atrás de mais informações, a não ser que o apresentado não esteja dentro das exigências", frisa.

Souza lembra ainda que o juiz tem como verdade o que o candidato apresenta formalmente. A Justiça tem os técnicos que analisam as contas e dão os pareceres aos juízes. O julgamento é feito em cima dessa análise técnica e dos documentos que a subsidiaram. Caso fique provada alguma irregularidade o juiz aprova com ressalvas ou simplesmente reprova as contas, "como acontece muito".

Depois que teve as contas aprovadas com ressalvas que não foram consideras graves, o petista Alexandre se viu envolvido em uma dívida de campanha não contabilizada que já beira os R$ 5 milhões. Cobranças judiciais foram surgindo, além de documentos de confissões de dívidas extrajudiciais com firma reconhecida em cartório. Tudo referente à eleição de 2004, quando o PT deixou declarada à Justiça Eleitoral uma dívida de "somente" R$ 964 mil. O assunto também é alvo de um inquérito policial na PF.




Fonte: A Gazeta

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