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Tecnologia
Terça - 31 de Maio de 2005 às 07:09

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Durante uma conferência de segurança na Austrália, o especialista em segurança Eugene Kaspersky, fundador da Kaspersky Labs, expôs as razões pelas quais acredita que as epidemias de vírus são cada vez mais parte do passado. De acordo com ele, o crime organizado tomou o controle da indústria de vírus e essa atividade agora está mais orientada para ganhar dinheiro. A aposta agora, disse, são as redes de PCs "zumbis".

Não é lucrativo infectar milhões de PCs e fazer com que companhias de segurança, serviços policiais e de inteligência gastem grandes recursos para seguir as pistas do vírus. Por outro lado, é altamente lucrativo poder criar rapidamente exércitos de PCs zumbis (as chamadas "botnet", redes robôs) reunindo em torno de 10 mil máquinas e alugá-las para spammers. Ou utilizá-las para fazer ataques de negação de serviço (cobrando para isso, claro).

Kaspersky destaca que são necessários apenas "poucos milhares de PCs reunidos" numa rede zumbi dessas para causar ataques DOS ou distribuir spam. Ele diz que a máfia oferece seus serviços em redes do submundo da Internet. Quando recebem uma ordem de trabalho, começam a infectar computadores com trojans específicos, principalmente via e-mail e links para sites comprometidos.

Um dos métodos preferidos pela máfia para instalar os trojans é induzir o usuário a clicar em links que supostamente eliminarão seu endereço eletrônico de listas de distribuição de spam. "Esperam que haja cerca de 5 mil máquinas infectadas e eliminam o trojan, que já cumpriu sua missão. Na próxima vez que alguém pedir, simplesmente soltam um novo trojan. E controlam sempre a quantidade de computadores que foram infectados", contou ele segundo o News.Com.

De acordo com o especialista, os programadores de vírus testam suas rciações com os principais ou mais conhecidos programas antivírus. Aqueles vírus que forem detectados pelas ferramentas de segurança são considerados inúteis e são descartados.

Reduzir a quantidade de máquinas infectadas implica reduzir proporcionalmente o risco de ser detectado por companhias de antivírus, principalmente se a intenção é que o código maléfico não cause danos ao sistema operacional do usuário. "Assim os criminosos ganham dinheiro e evitam ter problemas com a polícia", afirmou Kaspersky.




Fonte: Terra

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