Bandidos mantêm 16 reféns em lanchonete

Dois comerciantes e 14 clientes de uma lanchonete no bairro Jardim Eldorado, em Várzea Grande, foram feitos reféns por duas horas em uma ação de quatro assaltantes, na madrugada de domingo (29). Os bandidos submeteram as vítimas a humilhações e ainda fizeram refeições e beberam.

Segundo relato do proprietário da Lanchonete Eldorado, Nelson Pereira, os assaltantes chegaram ao local armados com revólveres e renderam todos que estavam no bar.

Clientes ficaram sob mira de revólveres. Deles foram roubados todos os pertences de valores, como relógio, jóias, aparelhos de celular e dinheiro.

Do bar, os assaltantes roubaram o aparelho de som, uma máquina fotográfica e cerca de R$ 500 reais.

“Também consumiram bebidas e comida e roubaram todas as roupas que tínhamos no guarda-roupa”, contou a esposa do comerciante, Neuza Francisca dos Anjos.

Segundo proprietários da lanchonete, os assaltantes beberam muito, assediaram as mulheres que estavam no local e bateram em todos que tentavam reagir à coação.

“Eu estou com três cortes na cabeça causado pelos golpes que um deles deu na minha nela com o cabo do revólver. Um dos clientes acabou sendo cortado com uma faca quando tentava evitar que os assaltantes bolinassem sua companheira”, contou o comerciante.

Dos quatro criminosos - identificados como pertencentes a gangues do bairro São Mateus - somente um foi encontrado pela polícia.

Sandro Teixeira dos Santos de 18 anos, foi preso em flagrante e permanece detido na delegacia de Várzea Grande.

Os outros três assaltantes foram identificados pelos apelidos de Batata, Andrezinho e Joãozinho. Eles fugiram de bicicleta.

O acusado preso em flagrante foi reconhecido pelas vítimas e chegou a levar a polícia a um terreno baldio onde estava escondido parte do material roubado.

“Estou com muito medo de reabrir a lanchonete e os outros criminosos aparecerem para se vingar. Acho que vamos ter que nos mudar daqui às pressas sem roupa mesmo, pois tudo que tínhamos foi levado durante o assalto”, contou o comerciante ainda muito abalado com o crime.