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Internacional
Terça - 24 de Maio de 2005 às 19:55

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As Forças Armadas americanas reagiram com cautela hoje diante uma versão segundo a qual o homem mais procurado do Iraque, Abu Musab Al-Zarqawi, está ferido, acrescentando que não poderiam verificar a autenticidade da informação, divulgada no site de um grupo islâmico.

Líder da Al-Qaeda no Iraque estaria ferido "Notícias semelhantes também foram divulgadas no passado e não tinham acontecido", comentou um militar americano. "Tudo o que podemos dizer neste momento é que vamos recebê-la com um pouco de precaução".

A fonte militar falou sob a condição de anonimato. A informação indicava que o líder da Al-Qaida no Iraque, Abu Musab al-Zaqawi passou por um hospital da cidade de Ramadi na semana passada, em meio a rumores que assinalavam que estaria ferido ou com problemas de saúde.

A notícia foi reproduzida pelo jornal The Washington Post. Zarqawi - líder de um grupo vinculado à rede Al-Qaeda assume a responsabilidade por pelo menos uma dúzia de ataques no Iraque - teria sido internado entre os dias 27 e 28 de abril no hospital de Ramadi, cidade considerada um dos principais baluartes dos rebeldes sunitas na província de Al-Aqbar.

Zarqawi é o braço armado da Al-Qaeda Criminoso que se transformou no braço armado de Osama bin Laden, o jordaniano Abu Mussab al-Zarqawi, que teria sido ferido, experimentou graças à guerra no Iraque uma irresistível ascensão na hierarquia da rede terrorista Al-Qaeda.

O jordaniano foi promovido em dezembro passado por Bin Laden à função de "emir" da "Organização da Al-Qaeda na Mesopotâmia". Em outubro, seu grupo, até então chamado Tawhid wal Jihad (Unificação e Guerra Santa), havia jurado fidelidade à Al-Qaeda.

Em uma mensagem atribuída a Zarqawi e descoberta em janeiro de 2004 com um agente de ligação da Al-Qaeda, segundo o exército americano, o autor fazia um apelo à guerra entre xiitas e sunitas no Iraque.

Washington oferece 25 milhões de dólares pela cabeça de Zarqawi, que considera o principal responsável pelos atentados mais mortíferos praticados no Iraque desde a invasão americana, em março de 2003.

Zarqawi foi condenado à revelia em 6 de abril de 2004 à pena de morte na Jordânia pelo assassinato, em outubro de 2002 em Amã, de Laurence Foley, alta funcionária da Agência Americana Internacional para o Desenvolvimento (USAID).

O jordaniano também está sendo julgado à revelia desde o dia 15 de dezembro de 2004 em um processo no qual é acusado de ter planejado um atentado com armas químicas em seu país.

Zarqawi, cujo nome verdadeiro é Fadel Nazzal al-Khalayleh, pertence à tribo dos Bani Hassan, uma das maiores do reino hachemita.

Depois de um período de delinqüência, ele deixou muito jovem a casa da família em Zarqa, uma cidade pobre 25 km a leste de Amã. O futuro terrorista foi então seduzido pelas teorias do islamita jordaniano Abu Mohamad al-Makdessi, que conheceu no Paquistão. Entre 1988 e 1992, Zarqawi trabalhou numa publicação 'jihadista' neste país.

No Afeganistão, o jordaniano freqüentou campos de treinamentos. Assim que voltou à Jordânia, foi condenado a 15 anos de prisão, em 1996, sendo anistiado em 1999 por ocasião da chegada ao trono do rei Abdullah II.

Considerado pela inteligência americana um dos melhores peritos da Al-Qaeda em armas químicas e biológicas, Zarqawi deixou a Jordânia em 1999, pouco antes do desmantelamento de uma célula ligada à rede de Bin Laden.

Foi novamente condenado à revelia em outubro de 2000 a 15 anos de prisão ao término do julgamento dos 28 membros desta célula. De volta ao Afeganistão, onde subiu na hierarquia da Al-Qaeda, Zarqawi lutou contra as forças americanas no fim de 2001, quando elas invadiram o país. Ele teria sido ferido naquela ocasião e amputado de uma perna.

Em 5 de fevereiro de 2003, antes do início da guerra no Iraque, o então secretário de Estado Colin Powell havia acusado Zarqawi de ser o elo entre a rede de Bin Laden e o regime iraquiano de Saddam Hussein, o que nunca pôde ser comprovado.

Em abril de 2004, Zarqawi voltou aos holofotes com a divulgação de um vídeo da decapitação do refém americano Nicholas Berg, que marcou o início de uma série de seqüestros e degolas filmadas no Iraque.





Fonte: AFP

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