Dante critica Maggi por desmate

Após a imprensa nacional e internacional tornar públicos os dados de crescimento no desmatamento da Amazônia, colocando Mato Grosso e o governador Blairo Maggi (PPS) como vilões da destruição ambiental do Brasil, o ex-governador Dante de Oliveira (PSDB) divulgou dados afirmando que o desmate na atual gestão cresceu 86,6% em pouco mais de dois anos. "Blairo literalmente passou a ter Mato Grosso na palma da mão para tornar-se ainda mais rico com a soja e as estradas construídas no trajeto de suas fazendas", diz o tucano.

Os números de Dante mostram ainda que durante os períodos de 2002/2003 e 2003/2004 foram devastados em Mato Grosso um total de 36.729 km quadrados, registrando uma taxa de desmatamento média de 18.364 km quadrados por ano. Segundo o tucano, o governo dele se iniciou com 15.061 km quadrados de desmatamento, e finalizou registrando 7.956 km quadrados. O que deu um média, em oito anos, de 9.840 km quadrados de área desmatada. Comparando-se então os dois últimos anos do governo Dante com os primeiros dois anos do governo Maggi, o acréscimo no desmatamento no Estado foi de 173,21%. O desmatamento médio passou de 6.720 km quadrados para 18.364 km quadrados.

O tucano chegou a fazer um alerta sobre a "tragédia" que representa a destruição do meio ambiente para a democracia e a sobrevivência de todos. "Meu governo provou que é possível crescer de forma sustentável", cutucou.

Conforme Dante, nos anos de 2000, 2001 e 2002 o desmatamento em Mato Grosso teve uma queda de 42% (comparada com a média dos anos de 1994 a 1999). Paralelamente a isso, o PIB, como disse o ex-governador, teve um acréscimo de 40%, passando de 6% para 8,4% (1999). Para ele, isso demonstra que é possível crescer e gerar empregos, de forma sustentável, sem destruir a natureza.

"Todos os programas desenvolvidos no meu governo, cobravam, estimulavam e vinculavam qualquer liberação de recursos ao cumprimento da legislação ambiental", ressaltou Dante. (com assessoria)