Maggi vê deselegância em Pivetta

O governador Blairo Maggi (PPS) classificou ontem de deselegante a atitude do secretário de Estado de Desenvolvimento Rural, Otaviano Pivetta, ao criticar, inclusive com ofensas pessoais, o possível apoio do PP ao PPS em 2006.

Maggi, pré-candidato à reeleição, conversou com o secretário. Disse que Pivetta se arrependeu e considera o assunto encerrado. Ele até brincou que um exemplo disso é que o ex-prefeito de Lucas do Rio Verde viajará para Pontes e Lacerda na próxima segunda-feira no mesmo avião com o líder maior do PP, deputado federal Pedro Henry, que foi o principal alvo da artilharia do secretário. Eles vão acompanhar o governador em um compromisso de governo.

Maggi, que ultimamente tem procurado apagar incêndios provocados por Pivetta e o ex-presidente regional do PPS, Percival Muniz, defende ainda que a eventual aliança do PPS com o PP deve ser discutida no âmbito partidário e a política não pode interferir na administração do Estado. Para Maggi, há hora e local certos para que cada um coloque suas posições, sem prejudicar o andamento do governo.

O governador também afirma que a briga não é tão feia quanto parece quando é divulgada pela imprensa. Deixando claro que os políticos têm comportamento diferenciado dependendo do ambiente ou das pessoas que estão próximas, o governador pontua que dentro do gabinete do Palácio Paiaguás, a portas fechadas, as conversas são bem diferentes, mais calmas.

De qualquer forma, Maggi deixa claro que não fará de sua reeleição um cavalo de batalha. Frisa que se não houver consenso, pelo menos de maior parte da base aliada, não vê qualquer problema em "voltar a plantar soja". Ele cita que o governo é trabalhoso e desgastante e que não vale a pena se não houver entendimento.

Sobre apoiar a reeleição de Lula o posicionamento é o mesmo: entrar em acordo. Conforme o socialista, tudo será conversado no momento certo.