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Polícia Brasil
Sábado - 21 de Maio de 2005 às 06:57
Por: Rodrigo Moraes

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Rio de Janeiro - Mesmo sem ter determinado quem exatamente matou os três integrantes da família Guedes assassinados em casa, em Guarapari, no fim de abril, o titular da Delegacia de Homicídios, Alexandre Lincoln, disse nesta sexta-feira que o inquérito está encerrado. Ele vai encaminhar o relatório à Justiça na segunda-feira. Os dois acusados, Mayderson Vargas Mendes, de 21 anos, e Ronald Ribeiro Rodrigues, de 22, responderão pelos crimes de homicídio qualificado e roubo.

Na quinta-feira, os dois acusados participaram por mais de sete horas da reconstituição do crime. Ronald assumiu o assassinato do corretor de imóveis Douglas Augusto Guedes, de 54 anos. Mas acusou Mayderson pela morte do estudante Tiago Andrade Guedes, de 21, filho de Douglas. Disse também que foi Tiago quem matou a mãe, Heloísa Helena Andrade Guedes, de 42. Mayderson deu outra versão: Ronald teria atirado nos três. "Quem atirou, pra mim, não tem muita relevância", disse o delegado. "Os dois praticaram o crime".

Lincoln disse que esta informação será importante mais tarde, em caso de condenação, quando a Justiça estipular as penas dos acusados. Ele explicou não ter realizado uma acareação entre Ronald e Mayderson por acreditar que eles sustentariam suas versões até o fim.

Houve outras contradições entre Ronald e Mayderson. Um diz que o outro levou a arma do crime, uma revólver calibre 32, para a casa das vítimas. Apesar dessa dúvida, a polícia sabe que a arma foi comprada por ambos por R$ 250. Também foi esclarecida a origem do tranqüilizante ingerido por Tiago antes de morrer. O remédio, contou Lincoln, foi comprado por Mayderson.

Apesar de os acusados terem roubado aparelhos eletrônicos e cartões bancários, com os quais realizaram saques, o delegado acredita que Ronald e Mayderson não cometeram o crime de latrocínio (roubo seguido de morte). "Entendo que eles não tinham finalidade patrimonial antes do crime", afirmou o policial.

Lincoln, porém, não concorda com o advogado de Ronald, Benito Bahiense Pimentel, a respeito da suposta insanidade dos acusados. Na quinta, o advogado disse que prtende solicitar à Justiça um exame de sanidade mental para seu cliente. "Na minha opinião pessoal eles não sofrem de problemas a ponto de serem considerados mentalmente insanos. São pessoas inteligentes e observadoras", avaliou o delegado. "Para mim eles não são inimputáveis".

Douglas, Heloísa e Tiago foram mortos no fim de abril, supostamente durante uma partida de RPG (Role Playing Game, jogo de interpretação, em inglês). Os corpos só foram encontrados em 4 de maio, entre sete e dez dias após o crime, segundo estimativa de peritos. A demora prejudicou a investigação.




Fonte: Agência Estado

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