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Nacional
Sexta - 20 de Maio de 2005 às 09:50

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O corte no supercílio do estilista Amaury Veras, encontrado enforcado em setembro do ano passado em seu apartamento, foi tão profundo que atingiu a massa encefálica, comprovaram os peritos.

Segundo o jornal O Globo, a pancada provocou ainda fraturas na base do crânio. Para se ferir dessa forma, Veras, ainda de acordo com a perícia médica, pode até ter caído da própria altura. Um tombo dessa proporção, no entanto, segundo peritos, teria deixado o estilista tonto a ponto de não ter força suficiente para amarrar uma echarpe na porta e se enforcar. A perícia já comprovou que morreu por asfixia depois de ter se ferido.

Os detalhes foram revelados no laudo do Instituto Médico-Legal (IML) oito meses após sua morte. O resultado da perícia praticamente descarta a hipótese de o ferimento no supercílio ter sido provocado na hora em que o corpo do estilista balançou, quando ele tentava se enforcar com a echarpe.

Para o perito Mauro Ricart, ex-diretor do Instituto de Criminalística Carlos Éboli, se não foram encontrados vestígios de sangue, pele ou supercílio em soleiras de portas ou armários de altura compatível com a do estilista em pé ou ajoelhado, provavelmente ele foi golpeado. A perícia não encontrou esses indícos. Somente foram detectadas manchas de sangue no chão do quarto e no lençol da cama do estilista, provocadas na hora em que o sócio do estilista, Frankie Mackey, tentou socorrê-lo.

Para esclarecer as dúvidas, o delegado adjunto da 14 DP (Leblon), Carlos Sodré, responsável pelo inquérito, deve fazer uma reconstituição do caso com a participação de Mackey. A exumação do corpo, segundo a polícia, está descartada porque o laudo do IML é bem detalhado e não deixa dúvidas.

Após a morte do sócio, Mackey tem vivido dias difíceis no endereço nobre com vista para o mar do Arpoador. Ele continua ocupando o apartamento, mas teve cortado o fornecimento de luz, gás e telefone por falta de pagamento. Frankie também deixou de pagar o aluguel, o condomínio e o IPTU e agora enfrenta na Justiça uma ação de despejo. A dívida, segundo amigos, já ultrapassa o valor de R$ 100 mil.

Segundo vizinhos, Frankie vendeu todos os bens que estavam no apartamento, da geladeira aos objetos de arte. No último dia 2, a Justiça fixou um prazo de 15 dias para o estilista deixar o apartamento.





Fonte: Terra

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