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Internacional
Sexta - 20 de Maio de 2005 às 08:58

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Washington - Documentos divulgados quinta-feira pelo Exército dos EUA, a pedido da União Americana de Liberdades Civis (ACLU), revelam que soldados americanos realizaram simulações de fuzilamento com presos no Iraque. De acordo com o site da rede de televisão CNN, são 2.500 páginas de documentos nas quais são descritos abusos supostamente cometidos por soldados americanos naquele país.

Em junho de 2003, mostram os documentos, um subtenente da Primeira Divisão Blindada, identificado apenas como Yancey, e um sargento não identificado, estiveram envolvidos em dois incidentes de fuzilamentos simulados.

Segundo testemunhas, Yancey tirou um menino de um caminhão e disparou sua arma perto da cabeça do do menino. Yancey afirmou perante os investigadores militares que atirou contra uma matilha, mas as testemunhas disseram que não havia cachorros no local.

Em outro incidente ocorrido dois dias depois, o pelotão de Yancey surpreendeu um homem e seus filhos quando levavam metais de uma fábrica de munição. Um sargento do pelotão deteve os supostos ladrões e disse ao homem que escolhesse qual de seus filhos deveria morrer.

Soldados que teriam presenciado o incidente disseram que o sargento levou um dos rapazes a um local ermo e disparou sua arma para fazer o homem acreditar que um de seus filhos tinha sido fuzilado.

Segundo fontes do exército citadas pela CNN, Yancey recebeu uma punição administrativa e não foi processado em uma corte marcial.

Em outro incidente descritos nos documentos, em julho de 2003 em Bagdá o capitão do Exército, Shawn Martin, fez um simulacro de execução de um homem a quem obrigou a cavar seu próprio túmulo.

Martin foi declarado culpado de violar as normas de tratamento de presos, recebeu uma multa de 12.000 dólares e foi sentenciado a cumprir uma condenação de 45 dias de confinamento em uma prisão militar, assinalaram as fontes da CNN.

A revelação sobre as execuções simuladas soma-se ao escândalo causado pelos maus-tratos a que foram submetidos prisioneiros iraquianos na prisão de Abu Ghraib no ano passado.





Fonte: EFE

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