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Internacional
Quarta - 18 de Maio de 2005 às 18:50

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O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou nesta quarta-feira que o objetivo de duplicar o Produto Interno Bruto (PIB) da Rússia é "estratégico", mas não fixou prazos para sua realização.

"Este objetivo não pode ser cumprido durante um trimestre e até mesmo em vários anos, já que são necessárias decisões complexas e gradativas", disse Putin durante a reunião anual com os representantes da Duma (Parlamento) e do Senado russos no Kremlin.

Aproveitando a conjuntura favorável dos preços do petróleo, o chefe do Kremlin anunciou em 2003 um ambicioso plano para duplicar o PIB para 2010, bjetivo apoiado por um crescimento anual da economia russa em níveis acima dos 7%.

No entanto, a forte queda do investimento estrangeiro e a alta da fuga de capitais após o polêmico processo judicial e fiscal contra a companhia petrolífera Yukos trouxeram dúvidas entre os titulares das pastas econômicas do Executivo russo.

O ministro de Comércio e Desenvolvimento Econômico, Herman Gref, colocou em dúvida a possibilidade de duplicar o PIB no final da década com a atual política econômica intervencionista, fortemente defendida pelo primeiro-ministro, Mikhail Fradkov.

Enquanto o orçamento do governo russo para 2005 prevê um crescimento de 6,3% do PIB -oito décimos percentuais a menos que em 2004-, o banco de investimentos Morgan Stanley considera que este aumento não superará os 5,5%, cifra que tornaria inalcançável o desejo do Kremlin.

Segundo os especialistas, a Rússia deveria seguir os passos da China, cuja economia vem insistindo mais nos últimos anos na atração de investimento direto estrangeiro que em conseguir um crescimento do PIB maior que dez pontos percentuais.

Putin também lembrou a necessidade de erradicar a pobreza na Rússia, que afeta 25,5 milhões de pessoas, objetivo para o qual "é necessária a atenção dos três poderes do Estado: Executivo, Legislativo e Judicial".

O número de pobres -com receitas menores a dois dólares por dia- apresentou uma queda de 3,8 milhões de pessoas (2,5%) em relação a 2003, quando essa cifra era de 29,4 milhões.

As muitas receitas oriundas da exportação de petróleo conseguidas pela Rússia graças aos máximos históricos do petróleo permitirão ao país pagar a dívida externa contraída com o Clube de Paris, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e outros credores em menos de uma década.





Fonte: EFE

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