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Esportes
Quarta - 18 de Maio de 2005 às 14:10
Por: Antero Greco

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São Paulo - Um time é português (Sporting); o outro, russo (CSKA Moscou). Mas, no encontro entre ambos, nesta quarta-feira, na final da Copa Uefa, em Lisboa, chama a atenção a legião brasileira. Se não houver alteração de última hora, no início do duelo que vale taça, no gramado do estádio José Alvalade estarão Anderson Polga, Rogério, Fábio Rochemback e Liedson do lado dos anfitriões. Vágner Love e Daniel Carvalho defendem os visitantes. A partida começa às 15h45 (horário de Brasília) e a RedeTV transmite ao vivo.

O sotaque brasileiro será acentuado, assim como desponta forte o desejo de afirmação das duas equipes. Sporting e CSKA não estão no primeiro escalão da Europa e pretendem usar a final da Copa da Uefa como vitrine para saltos mais ousados.

Os currículos internacionais dos finalistas deste ano não são muito diferentes – nem excepcionais. O representante russo jamais conquistou título continental. Os portugueses podem vangloriar-se de terem dado volta olímpica, 41 anos atrás, depois de baterem o MTK, da Hungria, por 1 a 0, na Antuérpia, em jogo extra na decisão da antiga Recopa. Na primeira partida, em Bruxelas, ficaram no empate de 3 a 3.

A Recopa não existe mais – em 1999 foi disputada a última edição, com vitória da Lazio por 2 a 1 sobre o Mallorca. A partir de 2000, o torneio que agrupava apenas os ganhadores de copas nacionais se fundiu com a Copa da Uefa, que assim deixou de ser o ‘patinho feio’ dos grandes campeonatos de clubes da Europa. Com a alteração, ela inchou e passou a abrigar vários vencedores de Série A nacionais excluídos da Liga dos Campeões.

O CSKA, por exemplo, foi para a Copa da Uefa desta temporada depois de ficar em terceiro lugar na primeira fase da Liga dos Campeões (Chelsea e Porto seguiram adiante). O prêmio de consolação pode render-lhe a primeira taça de prestígio.

“Temos a mesma ambição do Sporting e as mesmas condições de vitória”, acredita Valery Gazzaev, técnico do CSKA. O responsável por levar a equipe à disputa do título não se incomoda com o fato de atuar como visitante. “Final sempre é final”, resume, sem fugir do lugar-comum. A diferença, avalia, está no público, quase na totalidade fã do time da casa.

O Sporting é mandante por acaso. A escolha do local da decisão estava definida desde o início do torneio. A União Européia de Futebol (Uefa) há alguns anos resolveu apontar o palco da final com antecedência, por questão estratégica, de segurança e de marketing. A escolha é feita, também, com base em um ranking de estádios – apenas aqueles considerados tops no continente entram nesse grupo. Eventualmente, por coincidência um dos finalistas é do país ou, ainda mais raro, joga em sua casa.

“É a chance que temos de firmar a qualidade do futebol português”, rebate José Peseiro, técnico do Sporting. Para tanto, lembra que o Porto conquistou a Copa da Uefa de 2003 e a Liga dos Campeões de 2004. “Temos qualidade idêntica à de equipes de outros países, mas não a mesma divulgação”, lamenta. “Por isso, temos enorme orgulho por chegar à final.”





Fonte: Agência Estado

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