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Internacional
Sexta - 13 de Maio de 2005 às 23:55

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A proposta do Pentágono de fechar mais de 150 bases militares, entre elas 33 das maiores dos EUA, provocou uma onda de críticas e reações de preocupação entre as autoridades dos estados afetados.

Governadores e legisladores de todo o país expressaram sua decepção e sua intenção de lutar até o final para evitar o impacto econômico do fechamento e da reforma de muitas bases, como prevê o plano do secretário de Defesa, Donald Rumsfeld.

Os primeiros cálculos da proposta de Rumsfeld apontam que a medida poderia provocar uma perda de cerca de 30.000 postos de trabalho nas bases afetadas.

No total, o plano propõe eliminar 218.570 posições militares e civis de algumas bases militares e criar 189.565 postos em outras instalações.

O Pentágono se apressou nesta sexta-feira a acalmar os ânimos e afirmou que "as comunidades afetadas receberão apoio e assistência" para a reconversão de suas economias, explicou em entrevista coletiva o subsecretário de Defesa para Aquisições, Tecnologia e Logística, Michael Wynne.

Wynne e outros dirigentes do Ministério ratificaram os argumentos apresentados ontem pelo próprio Rumsfeld para justificar sua proposta de reestruturação.

O principal argumento é que o governo economizará cerca de 50 bilhões de dólares em um prazo de 20 anos. Se for acrescentada a prevista reestruturação das bases americanas pelo mundo, a economia pode chega a 64,2 bilhões de dólares.

Além disso, o Pentágono defende a necessidade da reforma para adaptar as forças armadas americanas ao momento atual.

"Nossa estrutura atual, desenhada para a Guerra Fria, deve dar lugar às novas necessidades da guerra contra o extremismo e outros desafios do século XXI", declarou Rumsfeld hoje em comunicado.

O projeto será enviado a uma comissão federal independente e especialista no assunto, que deverá analisar caso a caso as conseqüências do fechamento, consolidação, ampliação, corte ou reajuste das bases.

Essa comissão, de nove membros, poderá modificar o plano e justificar a opção em uma proposta revisada que enviará ao presidente dos EUA, George W. Bush, no dia 8 de setembro.

O porta-voz da Casa Branca, Scott McClellan, adiantou hoje que o presidente prestará atenção especial às comunidades afetadas porque a intenção é garantir que elas recebam a assistência necessária para a transição.

Se Bush aprovar o plano, a proposta passará ao Congresso, que terá a última palavra.

A lista divulgada nesta sexta-feira pelo Pentágono inclui algumas instalações militares consideradas históricas, como a base naval de estaleiros Portsmouth (Maine), onde foi construída a primeira embarcação de guerra dos EUA, ou a de Fort McPherson (Geórgia), da época da guerra civil americana.

Também inclui a base da Força Aérea Ellsworth, em Dakota do Sul, que conta com 29 bombardeiros B-1B - metade da frota nacional - e é a segunda entidade geradora de emprego em todo o estado.

Na lista aparecem ainda a base Naval de Pascagoula, no Mississippi; a de Fort Monmouth, em New Jersey, e numerosas instalações da Guarda e Reserva Nacional.

A reestruturação anunciada hoje seria a maior em dez anos, desde a realizada em 1995, e começaria a partir de 2006 com previsão de duração de seis anos.

No total, as reformas realizadas em 1988, 1991, 1993 e 1995, fecharam um total de 97 grandes bases militares.





Fonte: EFE

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