Jurandir contesta inchaço da Justiça

O presidente do Tribunal de Justiça, desembargador José Jurandir de Lima disse que, na realidade, o Judiciário em Mato Grosso não tem excesso de funcionários, tem é falta e admitiu a possibilidade de abrir concurso não só para provimento de cargos de juízes como já está marcado, mas também de serventuários. Mato Grosso foi citado em raio-x realizado pelo Supremo Tribunal Federal e publicado pela Revista Veja onde o Tribunal de Justiça é apontado como um dos cinco mais céleres, rápidos do país e em contra-partida um dos mais inchados, com excesso de servidores públicos.

“Está faltando servidores”, frisou o presidente lembrando que até o final de sua gestão em meados de 2007, cerca de 20 novas comarcas serão instaladas. Para ele existe um erro de visão, pois Mato Grosso é um Estado de dimensões continentais, ou seja, existem municípios distantes da capital, como é o caso de Santa Terezinha e Vila Rica, mais de 1,4 mil quilômetros ou a mesma distância para São Paulo.

O presidente admitiu que não leu a entrevista, mas se sentia lisonjeado por conduzir um poder que é exemplo para outros Estados muito melhor estruturados. Nos últimos dois anos, quando foi administrado pelo desembargador José Ferreira Leite, Jurandir José de Lima tomou posse em março deste ano, mais de 25 comarcas foram criadas e instaladas e o quadro de juízes saltou de pouco mais de 100 para 242.

O mesmo aconteceu com o número de desembargadores que no final do ano passado subiu de 20 para 30 membros, o que neste ano vai proporcionar ainda mais rapidez em decisões e menos espera por parte da população de uma maneira em geral. José Jurandir de Lima confirmou a realização de um novo concurso público para juízes, agora com 15 vagas, ou seja, a cada instalação de nova comarca automaticamente se abre nova vaga para juízes substitutos.

“Nos próximos dias inauguraremos a Comarca de Vera e isso representa mais juiz, mais serventuários. De nada adiante novas instalações, se não existir pessoal pronto para o atendimento da população. Nossa meta é que a Justiça chegue ao cidadão e satisfaça suas pretensões dentro da lei e da ordem”, frisou o presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso. (ML)