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Nacional
Sexta - 14 de Dezembro de 2012 às 08:54
Por: Herculano Barreto Filho

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A nutricionista X., de 26 anos, voltava para casa depois de uma ida ao mercado quando o sargento da Aeronáutica Edvaldo Silva Rodrigues Júnior apareceu, na moto que usava para atacar mulheres na Zona Norte. Com o filho de 5 meses num carrinho, ela parou no cruzamento entre as ruas Luiz Zancheta e Mariana Portela, no Riachuelo, para esperar a passagem do veículo. Era só o começo de um tormento capaz de fazer com que X. se tornasse refém do próprio medo.

Atacada pelo sargento enquanto estava com o bebê, X. só não foi abusada sexualmente porque bateu no portão de um estacionamento, assustando o agressor. Mas o terror vivido perto da casa onde mora com os pais fez com que ela ficasse duas semanas sem sair de casa. Só recuperou a confiança ao saber que o homem que a atacou estava atrás das grades — preso na semana passada, Edvaldo confessou ter estuprado pelo menos dez mulheres.

— Ele estava com o capacete na cabeça, o rosto à mostra. Também vi o adesivo de caveira na parte de trás da moto — conta.

O ataque, às 17h30m de 16 de novembro, foi o único à tarde. A explicação é simples: ele estava de férias na época. Uma semana depois, o sargento abusou sexualmente de uma engenheira de 24 anos a apenas uma quadra do local onde teria atacado a mulher com o bebê.

— Fiquei sem sair de casa por duas semanas. Virei uma prisioneira do medo — disse.

Assista em vídeo a entrevista com a vítima, que conta como foi atacada.






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