Premier da Malásia condena discriminação da mulher pela religião
"Requer muito valor moral e determinação enfrentar crenças tradicionais, de raízes profundas, sobre o papel da mulher na sociedade, especialmente a religião, vista como a principal razão para subjugar (as mulheres)", disse Badaui na abertura de um encontro ministerial sobre a mulher do Movimento dos Países Não-Alinhados. Ele não mencionou países, mas destacou que enquanto em várias partes do mundo as mulheres se emanciparam, seguem marginalizadas em muitas nações islâmicas.
O primeiro-ministro da Malásia disse que as mulheres também enfrentam carências de educação, capacitação e de recursos, bem como insegurança no trabalho. A situação, assinalou, é pior nos países afetados por conflitos armados, onde ao lado da pobreza e da insalubridade as mulheres são submetidas a torturas, violações sexuais e mutilações.
O encontro ministerial, de dois dias de duração, reúne 75 representantes dos 116 países Não-Alinhados, grupo de nações pobres que buscaram manter a neutralidade durante a Guerra Fria. Com o término da Guerra Fria (conflito ideológico entre os EUA e a antiga União Soviética que começou logo após o término da 2ª Guerra Mundial), o movimento não se desfez. Os ministros devem emitir amanhã uma declaração
comprometendo-se a proteger as mulheres da guerra e das enfermidades, como a Aids, além de dar a elas maior poder político e econômico.

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