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Nacional
Sábado - 07 de Maio de 2005 às 05:28
Por: Roberta Pennafort

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Rio de Janeiro - O presidente da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), Eduardo Eugênio Gouvêa Vieira, negou hoje a existência de uma caixinha na entidade para reunir dinheiro a ser usado no pagamento de uma "mensalidade" a auditores do corruptos. A caixinha foi citada pela auditora fiscal do INSS Maria Auxiliadora de Vasconcellos, presa hoje acusada de integrar uma quadrilha que fraudou a Previdência Social em R$ 3 bilhões.

Ela citou numa conversa telefônica, grampeada durante as investigações, a ligação de pessoas ligadas a Firjan no esquema. As pessoas, segundo o Ministério Público Federal, teriam a atribuição de indicar empresas que estivessem dispostas a pagar para se livrarem da fiscalização.

"Aqui não tem caixinha", garantiu o presidente da entidade. Ele garantiu que, se as empresas envolvidas no crime forem filiadas à federação (os nomes ainda não foram revelados), elas serão descredenciadas.

Gouvêa Vieira divulgou uma nota de esclarecimento, assinada por ele e pelo procurador Fábio Aragão, na qual diz que "não existe qualquer evidência do envolvimento de órgãos institucionais da Firjan" no caso.

Prejuízos

Sozinha, Maria Auxiliadora teria dado ao INSS um prejuízo de pelo menos R$ 9 milhões, referentes a débitos de nove empresas, entre elas algumas do setor de transporte. As dívidas anuladas por ela chegavam a cerca de R$ 2 milhões. As fraudes lhe renderam um patrimônio considerável: dez imóveis, no Rio e na Região dos Lagos, e três automóveis (dois importados). De acordo com a denúncia, seus rendimentos chegaram a um montante dez vezes maior do que a renda compatível com seu cargo.

Se for condenada, poderá ficar até 24 anos na cadeia. Segundo o MPF, Maria Auxiliadora, que tem 57 anos e é servidora há mais de dez, faz parte do mesmo grupo dos 13 auditores presos em fevereiro deste ano.

Outros 16 funcionários que também teriam lesado a Previdência estão sendo investigados. As prisões são resultado da força-tarefa integrada pelo MPF, INSS e PF para combater a corrupção.




Fonte: Agência Estado

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