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Meio Ambiente
Quarta - 04 de Maio de 2005 às 22:25

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Doze homens e uma mulher entraram hoje em uma longa noite glacial na estação antártica franco-italiana de Concórdia, onde devem ficar até novembro. Essa é a primeira experiência de invernação científica em completa independência, em condições extremas e sem chance de serem salvos do exterior.

"Tudo vai bem", disse, durante vídeo-conferência com Paris, Michel Munoz, chefe da missão. No exterior, a temperatura era de 60 graus negativos. Na véspera, a equipe assistiu a seu último amanhecer em vários meses.

Prisioneiros do frio e da noite a 3.600 metros de altitude, os 13 membros da equipe vivem há dois meses e até novembro próximo em dois edifícios cilíndricos sobre pilares com superfície de 1.500 metros quadrados: de um lado, estão os laboratórios e dormitórios, e do outro, oficinas e restaurante.

Fruto de uma colaboração entre o Instituto Polar francês Paul-Emile Victor (IPEV, sediado em Brest, noroeste) e seu similar italiano, o Programma Nazionale di Ricerche in Antarctide (PNRA, Roma), a construção da Concórdia custou US$ 40 milhões (32 milhões de euros). O lugar foi escolhido porque ali já existe uma estação de verão.

Durante a estada, a equipe testará as instalações destinadas à invernação e fará pesquisas sobre glaciologia, astronomia, climatologia e medicina.

Entre as tarefas a fazer está a realização de um estudo sobre mudanças climáticas nos últimos 900 mil anos. Na área da medicina, por sua vez, se estudará a adaptação do homem a condições hostis (frio, altura, isolamento).

Outros temas analisados pelos cientistas isolados na estação estão o estudo da evolução da camada de ozônio, da camada atmosférica polar e o início das tempestades.





Fonte: AFP

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