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Internacional
Sexta - 29 de Abril de 2005 às 07:14

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Pelo menos 17 pessoas morreram e 60 ficaram feridas depois da explosão de quatro carros-bomba na manhã desta sexta-feira, na capital do Iraque, Bagdá, de acordo com a polícia local.

As explosões, que parecem ter sido coordenadas, ocorreram um dia depois que o primeiro-ministro Ibrahim Jaafari apresentou seu novo gabinete, que foi aprovado pelo Parlamento.

Os ataques aconteceram no distrito sunita de Adhamiya, segundo as autoridades.

Há uma expectativa de que o número de vítimas entre civis iraquianos e forças de segurança possa aumentar.

Testemunhas dizem que as explosões ocorreram com intervalo de poucos minutos uma da outra.

Patrulhas da polícia iraquiana ou da guarda nacional, assim como um restaurante freqüentado por essas forças, foram alvo em Adhamiya, onde insurgentes têm realizado ataques constantes.

A polícia afirma que os explosivos foram detonados por militantes suicidas.

Há ainda notícia de ataques em pelo menos dois outros distritos de Bagdá, inclusive Dora, no sul da cidade.

Dia de oração

Os atentados ocorrem no dia de orações dos muçulmanos e são os mais recentes em uma série de atos de violência insurgente nas últimas semanas.

A violência coincidiu com as etapas finais do longo processo de formação do novo governo iraquiano que se seguiu às eleições de janeiro.

Mesmo após sua aprovação, o gabinete tem sete cargos que vão permanecer em aberto – incluindo os Ministérios da Defesa e do Petróleo. Jaafari disse que estes postos serão preenchidos em breve.

Apenas cinco dos 185 parlamentares presentes à sessão não votaram a favor do gabinete. Outros 90 faltaram à votação.

Alguns dos lugares que não foram preenchidos no gabinete estariam reservados à comunidade sunita.

O atraso na formação do novo governo se deveu em grande parte às tentativas para integrar a ele a minoria sunita do país.

Enquanto não forem escolhidos os titulares para os cargos, o próprio Jaafari vai acumular o cargo de ministro da Defesa, e o vice-primeiro-ministro Ahmed Chalabi, o de ministro do Petróleo.

Jaafari pertence à coalizão xiita que foi a mais votada nas eleições parlamentares de janeiro. Chalabi, que foi um aliado próximo dos Estados Unidos, mas mais tarde esteve em baixa, também é xiita.

Trazer representação sunita no gabinete foi um dos principais problemas na formação do governo, disse o correspondente da BBC em Bagdá, Jim Muir.

Há esperança de que se sunitas com credibilidade puderem ser incluídos no processo, pode-se tomar algum terreno político dos insurgentes nas comunidades sunitas onde eles operam, afirmou Muir.

Um líder sunita, o vice-presidente Gazi Yawar, disse que não há sunitas suficientes no governo.

"É simples. Se os xiitas não satisfizerem os sunitas árabes, eu acho que os sunitas podem simplesmente retirar seus candidatos (do governo)", disse ele.




Fonte: BBC Brasil

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