Abicalil e Vera entram na disputa

O deputado federal Carlos Abicalil (PT) lança seu nome à presidência do diretório regional do Partido dos Trabalhadores. Ele pertence a corrente majoritária e diz que tem interesse em tudo que se relaciona ao partido e que o processo das eleições diretas já está em amplo debate entre as diversas correntes da agremiação.

A deputada Vera Araújo, defensora de projeto próprio ao governo do Estado, também colocou seu nome à disposição. Assinala, porém, que primeiro precisa ter seu nome avaliado pelos filiados que apoiam-na. Posteriormente, irá avaliar com a senadora Serys Marly a possibilidade de se lançar candidata. O prazo final para a inscrição de chapas é 19 de junho. O pleito ocorre em 18 de setembro.

Caso se efetivem como candidatos, Abicalil e Verinha serão os representantes dos dois blocos antagônicos formados internamente. Petistas ligados ao atual presidente, Alexandre Cesar, admitem possibilidade de não encabeçarem chapa própria ao governo do Estado. Os filiados ligados a Serys não abrem mão de candidatura própria. Na eleição direta, além da presidência do partido por três anos, os 16 mil filiados irão escolher quem irá comandar os rumos do partido nas eleições 2006. "O presidente comandará de acordo com a decisão partidária. A condução não vai ser da cabeça de quem é eleito, mas dos votos do filiados do PT", observa Abicalil.

Para ele, a sigla se encontra em posição privilegiada. Cita que o PT tem a melhor posição de candidatura própria de todos os partidos, com quadros para disputar qualquer cargo. Vê boa avaliação popular e cita haver tempo para amadurecer o debate interno. Já Verinha diz que nas viagens ao interior tem percebido o interesse dos filiados para que o partido lance candidatura própria. Apesar disso, reconhece que há possibilidade de um quadro de apoio ao governador Blairo Maggi, caso este se mantenha na base do governo Lula. "Mas não é minha posição".