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Internacional
Sábado - 23 de Abril de 2005 às 22:55

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Insurgentes atacaram um comboio da Guarda Nacional Iraquiana e mataram nove soldados, em uma de um total de pelo menos cinco explosões de carros-bombas ocorridas no sábado. A escalada de violência acontece enquanto os líderes políticos do Iraque não se entendem sobre a formação de um novo governo.

Duas semanas de crescentes problemas pressionam os novos líderes do Iraque a resolverem suas divergências e cumprirem as promessas feitas depois da eleição de 30 de janeiro, de melhorar a segurança.

A bomba atingiu o comboio da Guarda Nacional em Abu Ghraib, onde fica a prisão norte-americana, cerca de 20 km a oeste de Bagdá, e também feriu 20 guardas, segundo a polícia.

Um ataque contra uma patrulha norte-americana no oeste de Bagdá matou dois civis, disse a polícia. Os militares norte-americanos afirmaram que três soldados dos EUA e sete civis iraquianos ficaram feridos.

Um veículo norte-americano e dois iraquianos foram destruídos e a explosão derrubou fios de eletricidade, disseram.

Um membro da Guarda Nacional Iraquiana foi morto e dois ficaram feridos por uma bomba colocada à beira de uma estrada em Yusufiya, cerca de 75 km ao sul de Bagdá, segundo a polícia.

Além disso, a explosão de carros-bombas por dois suicidas feriu sete iraquianos numa estrada 10 km ao sul da cidade sulista de Basra, disse a polícia.

Militares norte-americanos afirmaram ter detido seis iraquianos ligados com a derrubada de um helicóptero comercial, esta semana, em que 11 pessoas morreram, entre elas seis norte-americanos.

Os homens foram detidos como resultado de denúncias de civis iraquianos. Não estava claro em que parte do Iraque eles foram encontrados.

O helicóptero Mi-8, de fabricação russa, foi derrubado na quinta-feira, quando sobrevoava uma região deserta ao norte de Bagdá. Um vídeo gravado por insurgentes e levado ao ar por canais de satélite árabes mostrou que o helicóptero foi atingido por um foguete ou míssil.

Os três tripulantes búlgaros morreram, assim como seis norte-americanos que trabalhavam como segurança particular e dois guardas das Ilhas Fiji

Um jornalista foi morto a tiros em Mosul, cerca de 390 km ao norte de Bagdá, e outro ficou ferido, informou um repórter que trabalha na cidade para a Reuters>/i>.

Eles foram atingidos durante um tiroteio entre insurgentes e forças de segurança, que incluíam soldados norte-americanos. O confronto ocorreu depois da explosão de um carro-bomba.

Segundo fontes políticas, conversações intensas se concentram em atrair para o governo a minoria muçulmana sunita, seita que dominava o Iraque durante o governo do ditador deposto Saddam Hussein. O governo tem maioria de muçulmanos xiitas e curdos.

"É preciso que seja um governo realmente de unidade nacional, em que todas as partes estejam envolvidas, e não apenas um governo xiita-curdo", disse uma fonte próxima às negociações.

As reuniões duram até 10 horas por dia, mas têm terminado em impasse, disse a fonte.

As divergências entre a principal aliança xiita, que venceu a eleição, e outros partidos, entre eles os curdos e uma agremiação liderada pelo primeiro-ministro interino Iyad Allawi, significam que é possível que não seja cumprido o prazo de formar um governo até 7 de maio.

Esse fracasso poderia aumentar a incerteza do país, pois há sinais de que o atraso, de quase três meses, na formação de um governo fortaleceu a insurgência.

As divergências se concentram na distribuição dos ministérios mais importantes. O principal bloco xiita quer o Ministério do Interior, que é essencial para a segurança nacional, e mostra relutância em permitir que o Ministério da Defesa fique com um muçulmano sunita.

Allawi, um xiita moderado, insiste que seu partido deve ficar com quatro ministérios¿ entre eles o da Defesa¿ assim como com o cargo de vice-primeiro-ministro, segundo disseram fontes curdas e xiitas.

Os curdos querem que Allawi esteja envolvido num novo governo, junto com os sunitas, mas, segundo as fontes, a principal aliança xiita está frustrada com as exigências de Allawi.





Fonte: Reuters

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