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Esportes
Sexta - 22 de Abril de 2005 às 09:26

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Considerado um dos maiores responsáveis da crise que abateu o Los Angeles Lakers, por causa de suas brigas com jogadores e dos problemas em sua vida pessoal, o armador Kobe Bryant não teve abalado o prestígio com a torcida, pelo menos. Bryant terminou a sua participação na temporada como segundo maior cestinha (27,4 pontos por partida) da competição e foi o quinto jogador com camisas mais vendidas no país.

Quando Kobe foi acusado de assédio sexual por uma mulher, em uma estação de esqui no estado do Colorado, os torcedores de todo o país manifestaram apoio ao jogador.

Faixas e cartazes foram espalhados pelos ginásios dos Estados Unidos com dizeres como "Liberdade a Kobe". Para Phil Collin, que cobre os Lakers para o Daily Breeze, a polêmica teve efeito melhor que o esperado e serviu para aumentar a sua popularidade.

"Kobe jamais será visto da mesma forma que era de antes de ser acusado de assédio sexual. E sempre haverá quem acredite que ele foi o responsável pela separação dos Lakers. As pessoas sempre gostam de um vencedor, então até que ele jogue por um time competindo pelo título, seus detratores vão falar alto. Com isto dito, ele permanece como um dos jogadores mais populares da história dos Lakers e a torcida está sempre o apoiando", disse Collin.

Segundo Collin, a distância que o próprio Kobe coloca para os companheiros é reflexo de uma vida conturbada.

"Ninguém anda com o Kobe, e seu relacionamento com o time parece ser de 'somente negócios'. Ele sempre foi conhecido como um cara solitário, mas temos que lembrar que ele foi uma criança criada por algum tempo na Itália, não queria fazer nada além de jogar basquete, e entrou na NBA com 17 anos", comentou.

"Ele sempre ficava totalmente sozinho em seu quarto de hotel na estrada e morou com membros da família nas primeiras duas temporadas. Houve uma notícia que antes do All Star Game de 2004, em uma festa para os jogadores, Kobe se sentou longe de todo mundo, com sua esposa Vanessa, e não se misturou com nenhum jogador a noite inteira", completou.

Mas, de acordo com o jornalista Eric Pincus, do site Hoopsworld, a grande questão envolvendo Bryant não é o seu comportamento, mas sim um problema financeiro.

"Depois que o Kobe já tinha dito que iria negociar com outra equipe, ninguém sabia o que o Lakers fariam nas férias. E quando o Jerry Buss (dono do time) mostrou que iria tentar de tudo em seu poder para renovar com o Kobe no valor máximo, todos os dominós começaram a cair. O'Neal não queria jogar com o Kobe (a não ser que ganhasse seus US$ 90 milhões) e o Jackson não queria treinar o Kobe (a não ser que ganhasse entre US$ 8 e 10 milhões de dólares por ano) e ninguém sabia o que o Karl Malone decidiria depois da contusão", destacou. "Então, se a escolha fosse por pagar Shaq para aparecer pelos próximos quatro anos em condição de deterioração, não valia a pena. Mas eles estavam dispostos a pagar o contrato máximo para o Kobe, de 25 anos, pelos próximos sete anos", argumentou Pincus.

Pior para os Lakers é que Bryant, apesar das boas atuações e da popularidade, vem afastando jogadores experientes do time de Los Angeles por causa do seu temperamento. Com o fim da temporada regular, os dirigentes dos Lakers tentam correr atrás de reforços, mas até agora nenhum nome foi mencionado nem pela diretoria e nem pela imprensa norte-americana e outra temporada difícil não será novidade.




Fonte: Lancepress

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