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Cultura
Sexta - 22 de Abril de 2005 às 09:21
Por: Alessandra Bastos

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Brasília - O Ministério da Cultura lançou nesta semana o Centro Internacional das Indústrias Criativas, que começa a funcionar no próximo ano. O objetivo é que o centro fomente e discuta políticas, legislação e trocas de experiências entre as chamadas indústrias criativas. São indústrias de moda, de música, do lazer, do audiovisual, de softwares, por exemplo, que valorizam a criatividade e a cultura em seu processo de produção e trabalho.

O ministro Gilberto Gil acredita que o centro deve beneficiar principalmente os países em desenvolvimento. Ele destaca que, para transformar esse potencial em realidade, especialmente nos países mais pobres, é necessário superar obstáculos como a exclusão tecnológica. Gil afirma que produtos e serviços culturais não podem ser tratados da mesma forma que os mercadológicos, porque trazem valores específicos para a soberania e preservação de culturas.

O centro deve funcionar no Brasil e a Bahia já se candidatou para sediar as instalações. Desde o ano passado, em reuniões mundiais, Gilberto Gil havia lançado proposta para uma política mundial de livre circulação de bens e produtos culturais.

Vinte países já se comprometeram a participar da iniciativa, entre eles Argentina, Colômbia, Portugal, Espanha, Finlândia, África do Sul, Mali e Burkina Faso. "A criação do centro está começando a tomar forma na nossa mente, mas é essencial agora abrir a discussão a todos os interessados, especialmente por concebermos uma instituição cujo programa de atividades seja organizado em função de parcerias", disse Gil.

A proposta do centro é atuar como uma organização de coordenação, que facilite a formação de redes e parcerias. Ele oferecerá serviços de disseminação de dados e informações práticas, fazendo a ligação entre os programas governamentais, atividades empresariais e as preocupações da sociedade civil.

"Terá um enfoque desenvolvimentista no sentido de promover a economia criativa, mas também será um ponto de encontro para um diálogo mais amplo e construtivo para abordar os desafios comuns, as opções políticas, os casos de práticas bem-sucedidas e a busca de novas fronteiras de cooperação internacional", ressaltou o ministro.





Fonte: Agência Brasil

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