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Quarta - 13 de Abril de 2005 às 08:52

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O padrasto de Gavin Arvizo, o menino que diz ter sido abusado pelo cantor Michael Jackson, disse que a sua família foi intimidada e recebeu oferta de suborno para ajudar o artista a reparar os danos à sua imagem causados por um documentário de TV. Jay Jackson disse que funcionários do cantor chegaram a se oferecer para comprar uma casa e pagar a faculdade do menino e seus irmãos, em troca da gravação de uma fita defendendo o artista.

Segundo o padrasto, depois da exibição de um documentário britânico em que Jackson admitiu ter dividido a cama com Arvizo, a sua família passou a receber telefonemas frequentes da parte do cantor.

Michael Jackson, de 46 anos, se diz inocente de todas as acusações feitas pela família do menino, que tinha 13 anos em 2003, a época do suposto abuso. Se condenado, ele pode receber uma pena de até 21 anos de prisão.

"Lavagem cerebral"

Jay Jackson disse ainda que notou uma mudança de comportamento do enteado quando ele voltou da estadia de várias semanas no rancho de Michael Jackson.

"Ele estava simplesmente mau, ele berrava, usava palavrões", disse a testemunha. "Ele estava muito brigão, meio grosso, na verdade". Segundo ele, o comportamento não era típico do menino.

A esposa dele, mãe de Gavin Arvizo, também lhe teria parecido estranha.



"(Ela) estava sensível. Ela chorava e ficava sentada no closet tendo essas conversas (com o assessor de Michael Jackson)", afirmou o padrasto da suposta vítima do cantor.

A mãe de Gavin Arvizo foi com o menino e seus dois outros filhos para Neverland para fazer o vídeo. Embora nunca tenha sido transmitida, a fita foi mostrada ao júri.

A família alega que eles ficaram "presos" na mansão do cantor até terminarem o vídeo.

Jay Jackson vai continuar depondo no tribunal de Santa Maria, na Califórnia, nesta quarta-feira.

Acusações antigas

Nesta semana, a promotoria também está trazendo testemunhas para falar de acusações antigas contra o cantor.

A acusação está tentando estabelecer um padrão de abusos sexuais contra crianças da parte de Michael Jackson, afirmando que cinco garotos foram molestados pelo cantor.

Na segunda-feira, a mãe de um garoto que recebeu US$ 20 milhões do pop star para retirar uma acusação contra ele disse no tribunal que o cantor implorou que deixasse o menino dividir a cama com ele, em 1993.

Ela disse que inicialmente se recusou a deixar seu filho, na época um adolescente, a dormir na cama de Jackson, mas cedeu quando o cantor se mostrou contrariado.

"Ele disse: você não confia em mim? Nós somos uma família... Não há nada errado", contou ela.

As acusações anteriores contra Jackson jamais foram comprovadas em tribunais ou foram negadas por algumas das supostas vítimas.

Na semana passada, diversos ex-empregados do cantor testemunharam, dizendo ter visto o astro pop abusando sexualmente de garotos em seu rancho.



Os advogados da defesa tentam retratar esses ex-funcionários como pessoas vingativas, procurando tirar dinheiro de Jackson.





Fonte: BBC Brasil

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