Repórter News - www.reporternews.com.br
Policia MT
Terça - 04 de Dezembro de 2012 às 08:10

    Imprimir


Após uma semana, a adolescente que foi espancada pela mãe de uma outra aluna na Escola Estadual Rodolfo Augusto Trechaud Curvo, em Cuiabá, vai deixar a unidade escolar. A mãe da menor agredida, de 14 anos, Valdinete Silva, contou ao G1 que a filha, após a sessão de espancamento, ficou marcada por vários hematomas pelo corpo.

Alunos que presenciaram a briga relatam que a menina chegou a desmaiar após bater a cabeça ao ser jogada no chão. No dia 26 de novembro, a suspeita identificada como Samara Benedita se dirigiu até a escola para bater na menina em retaliação a uma briga que a filha dela e a menina, de 14 anos, se envolveram.

Ela foi detida pelos agentes da Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam), mas foi liberada logo em seguida ao prestar depoimento. Ela alegou que só agrediu a menina porque a filha dela estava sendo vítima de bullying.

Ao G1, Valdinete afirmou que antes da agressão algumas alunas discutiram com a filha dela no intervalo das aulas. “Elas queriam saber porque minha filha tinha ido lá na casa da menina falar com os pais dela e acabaram discutindo no horário de recreio. Deste modo, a diretora da escola tomou conhecimento disso e liberou um das meninas mais cedo para evitar mais discussões” disse.

Ao sair da escola, contou Valdinete, a filha dela foi cercada pela suspeita e outras estudantes da escola. No local, ela foi espancada. “Foi nesse momento que a mãe da outra menina começou a dar tapas em minha filha, depois, pegou ela e a jogou no chão. E ainda começou a chutá-la mesmo depois de desmaiada”, declarou.

A mãe da garota agredida ainda contou que está muito revoltada com a agressão. “A sensação é de impunidade. Ela está cheia de hematoma na cabeça e com a clavícula também inchada. Minha filha está traumatizada e não consegue dormir direito”, revelou Valdinete Silva.

Para a psicóloga, Gislaine Angelim Barbosa Catena, a confusão pode ter sido provocada por falta de diálogo dos pais com as próprias filhas e da própria escola. “A escola tinha que conversar com as meninas que estavam brigando em separado. Chamar os pais de cada um e ter uma conversa com eles também e, depois, conversar com todos eles, tudo, para tentar apaziguar a situação”, explicou.

Esgotando toda a possibilidade de diálogo, para a psicóloga, a medida é mudar o aluno de escola. “A melhor coisa se não houver mudança é tirar o aluno da escola e colocá-lo em outra, tudo para evitar mais agressões físicas e psicológica”, informou a psicóloga.

Outro lado
O advogado da suspeita, André Albuquerque, alegou ao G1 que a filha de sua cliente tinha sido agredida primeiro. “Ela estava nervosa com as agressões feitas primeiro na filha que já vinha sofrendo bullying na escola. E, por forte emoção, acabou provocando aquelas agressões, o que não justifica o ato impensado. Porém, ela não aguentou ver a filha naquele estado”, salientou o advogado.





Fonte: Do G1 MT

Comentários

Deixe seu Comentário

URL Fonte: https://www.reporternews.com.br/noticia/34725/visualizar/