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Meio Ambiente
Sábado - 09 de Abril de 2005 às 08:37

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Uma pesquisa realizada nos Estados Unidos sugere que o Viagra pode ser usado para tratar a pré-eclampsia, um problema que ocorre na gravidez e que pode ser fatal para mães e bebês.

Testes feitos em ratas por uma equipe da Faculdade de Medicina da Universidade de Vermont, nos Estados Unidos, mostraram que nenhum filhote morreu nas gestações em que as fêmeas receberam o Viagra.

Os cientistas estudaram ratas que sofriam de pressão alta. Metade delas recebeu o medicamento, enquanto a outra metade não foi submetida ao remédio.

Nas gestações não tratadas por Viagra, 11% dos fetos morreram.

Pressão alta

A pré-eclampsia ocorre em gestações onde as artérias que alimentam a placenta não se expandem o quanto deveriam para levar sangue e nutrientes da mãe para o bebê.

Quando isso acontece, o coração da mãe trabalha mais do que o necessário para tentar compensar a falta de irrigação do feto, e sua pressão arterial sobe.

O Viagra age inibindo uma enzima chamada PDE-5 e que impede a expansão das artérias.

Os pesquisadores descobriram que o remédio, normalmente usado contra a impotência masculina, apresenta benefícios, apesar de não diminuirem a pressão

. As artérias das ratas tratadas eram muito mais alargadas que naquelas que não receberam o Viagra, permitindo uma melhor circulação de sangue e nutrientes.

Os fetos dessas gestantes também apresentavam peso normal. Já os das que não receberam tratamento eram 20% menores.

Novas experiências

O chefe da equipe da pesquisa, George Osol, afirmou, no entanto, que são necessárias novas experiências para confirmar as descobertas.

"De qualquer forma, o que temos é muito excitante porque sugere que o Viagra pode trazer muitos benefícios para gestantes hipertensas e, possivelmente, em casos de pré-eclampsia", afirmou.

Especialistas da Grã-Bretanha, onde a pré-eclampsia atinge 10% das gestações e mata até 600 bebês por ano, disseram que a descoberta renova as esperanças de se encontrar um tratamento para o problema.

O estudo deve ser apresentado no Congresso Internacional de Ciências Fisiológicas em San Diego, nos Estados Unidos, ainda nesta semana.




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