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Politica Brasil
Quarta - 06 de Abril de 2005 às 14:36
Por: CARLOS MARTINS

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O governador Blairo Maggi destacou na manhã desta quarta-feira (06.04), em entrevista ao Programa Tribuna do Ouvinte, da Rádio Cultura AM de Cuiabá, os avanços e a eficiência da máquina administrativa nos primeiros dois anos de Governo. Em 2004, Mato Grosso foi o Estado brasileiro que apresentou o melhor desempenho na arrecadação de impostos. Em comparação ao ano anterior, a receita cresceu 34% ante a média registrada pelos outros Estados, que foi de 16%. “E isso sem aumentar um centavo os impostos. O que fizemos foi trabalhar com eficiência, agindo sem nenhuma truculência na arrecadação”, disse Maggi, respondendo a uma pergunta feita pelo professor Lourembergue Alves, um dos participantes do programa.

Maggi citou como exemplo o fato de que a secretaria de Estado de Fazendo não leva hoje mais do que 15 segundos para emitir uma Certidão Negativa. Antes, demorava-se em torno de cinco horas para o contribuinte obter o documento. O Detran também foi citado como exemplo de gestão.

Se antes, o Tesouro (Fonte 100) tinha que cobrir dívidas do órgão, hoje, graças ao modelo de gestão implantado e coordenado pelo presidente Moisés Sachetti, o Detran produz superávit que está sendo utilizado para o setor de segurança. “Pela primeira vez os carros usados pela polícia foram comprados com recursos próprios”, disse Maggi, se referindo aos veículos (caminhonetes e pálios Week-End) adquiridos. “Só no primeiro ano foram 440 veículos comprados”, afirmou Maggi, que foi até acompanhados dos secretários Cloves Vettorato (Projetos Estratégicos) e José Carlos Dias (Comunicação Social).

Durante uma hora e quinze minutos (entre 9h45 e 11h) Maggi respondeu a perguntas de ouvintes de todo o Estado e também do jornalista Kleber Lima, do apresentador do Tribuna do Ouvinte, Jaques Kalil e do editor chefe do programa de notícias da Rádio Cultura, Sebastião Siqueira. A entrevista também foi acompanhada pelos jornalistas Valdemir Roberto e Rubens de Souza, do site de notícias 24 Horas News, que fez a transmissão direta da entrevista.

Convidado pelo apresentador do programa, Maggi aceitou o convite de participar mensalmente do programa de rádio. “É importante participar, para esclarecer algumas coisas que às vezes saem distorcidas. O rádio é o caminho mais curto para se chegar até o povo de Mato Grosso”, disse o governador ao final do programa.

Ao responder a outra pergunta do professor Lourembergue, sobre as dificuldades e avanços conquistas até agora, Maggi também ressaltou o fato de ter cumprido com um plano de campanha, que era o de implementar uma nova forma de fazer política. “Sem olhar a questão partidária, encarando tanto os cidadãos como os municípios como partes integrantes da administração”, afirmou. Dentre as dificuldades, Maggi citou as dimensões continentais do Estado - que possui 906 mil quilômetros quadrados – que aumentam os custos em infra-estrutura. O Estado, por exemplo, está construindo uma rodovia entre Campo Novo do Parecis e Juína. São 380 quilômetros de extensão e entre as cidades está localizado apenas o município de Brasnorte. Para o governador, mesmo que a população somada destes lugares atinja no máximo 60 mil pessoas, o investimento é necessário e importante porque todos merecem melhores condições para viver.



COMUNICAÇÃO SOCIAL

Maggi conversa com ouvintes da Rádio Cultura

Governador falou sobre diversos assuntos da administração pública



Os ouvintes do Programa Tribuna do Ouvinte, da Rádio Cultura AM de Cuiabá, expressaram satisfação em poder conversar nesta quarta-feira (06.04) com o governador Blairo Maggi. Muitas ligações não puderam ser atendidas devido ao limite do tempo. Uma ouvinte, dona Tânia, irmã de um soldado da Polícia Militar, perguntou ao governador sobre os reajustes nos salários dos servidores. Maggi disse que em seu governo pelo menos todo o ano irá repassar as perdas com a inflação.

No ano passado, os salários foram corrigidos em 7,67% para todos os servidores. “Algumas categorias tiveram reajustes maiores porque há muito tempo estiveram esquecidas", disse o governador. Os soldados da Polícia Militar, por exemplo, recebiam em torno de R$ 1 mil. Hoje, o salário deles é de R$ 1,7 mil. Para este ano, Maggi garantiu que na data-base, 1° de maio, o índice a ser apontado pelo INPC – pode ficar entre 6% e 6,5% - irá corrigir os vencimentos.

A ouvinte Isabel, de Cuiabá, quis saber sobre quando serão chamados os que classificaram no concurso para agente prisional. Maggi disse que, como todos têm que passar por um curso de capacitação, não é possível que sejam chamados ao mesmo tempo. Mas ele a tranqüilizou garantindo que todos os classificados serão chamados. Ainda mais que a demanda por profissionais aumentará com as duas novas penitenciárias que serão abertas em Água Boa e Sinop. Um dos ouvintes que ligou do interior foi Afonso, morador de Peixoto de Azevedo. Ele elogiou o trabalho feito pelo governo. Lembrando que os problemas sociais em Peixoto são decorrentes da deterioração da exploração do garimpo, Maggi disse que o governo tem investido nas áreas da Saúde e Educação naquela região. “O grande problema aí é a BR-163. Infelizmente, essa questão passa pelo governo Federal”, disse Blairo Maggi.

Entre as questões formuladas estava desde o pagamento das cartas de crédito e do Pasep aos servidores. A aposentada Nilda, com 67 anos e aposentada desde 1999, queria saber como receber o Pasep. Maggi disse que o governo do Estado recolheu os valores durante determinado período para a Caixa Econômica Federal e por isso os servidores devem procurar essa instituição financeira.

Quanto às cartas de crédito, até a importância de R$ 750 os valores devem ser pagos à vista. Qualquer dúvida é só se dirigir até a Secretaria de Administração, no CPA. Valores superiores e também os precatórios podem ser negociados na Central de Compensação de Crédito instalada na agência da MT Fomento, na Rua Barão do Melgaço (antiga residência dos Governadores), no Centro de Cuiabá. A central foi criada para evitar intermediários. Os compradores podem utilizar os créditos para abater dívidas com o governo.

A questão polêmica, sobre a divisão do Estado, foi abordada pelo jornalista Jaques Kalil. Maggi disse que embora respeite as opiniões contrárias, pessoalmente sempre foi contra a idéia. “O charme de Mato Grosso está em seu tamanho, pelos seus ecossistemas e pela sua potencialidade”, disse Maggi. Ele afirmou, ainda, que desde que assumiu, percebeu que diminuiu muito o movimento pela divisão. E isso se deve à presença tanto do Poder Judiciário, como do Executivo, nas mais remotas regiões do Estado, com obras e investimentos.

Em resposta ao jornalista Kleber Lima, sobre as discussões envolvendo o secretário Luiz Antonio Pagot (Infra-Estrutura) e parlamentares do PT, como a senador Serys Marly, em relação às rodovias federais, Maggi disse que apóia as cobranças feitas pelo secretário ao governo federal no que concerne à restauração das BRs, em especial a BR-163, que liga Cuiabá a Santarém. “A própria senadora Serys reconheceu que o Dnit [Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes] não está cumprindo seu papel no Mato Grosso”, afirmou o governador. “Não sou contra o presidente Lula. Mas tem algumas coisas aqui que não funcionam”, acrescentou Maggi. Quanto a questões políticas, o governador ressaltou que cada secretário é livre para externar suas posições. Ele mesmo não se envolve, embora peça algumas vezes cautela aos secretários.





Fonte: Secom - MT

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