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Politica Brasil
Quarta - 06 de Abril de 2005 às 14:26

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Na posse do senador Alberto Silva (PMDB-PI) no Conselho da República, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu políticas específicas para as regiões Norte e Nordeste. Dentro dessas políticas, o presidente anunciou que em 90 dias anunciará no Nordeste as obras da Ferrovia Transnordestina, que interliga as ferrovias do sul do Maranhão, Piauí, Pernambuco e Ceará aos portos de Suape (PE) e Pecém (CE).

- Chegou o momento de olharmos o mapa do Brasil como um todo e comerçarmos a pensar que não é possível construirmos um país justo se o desenvolvimento não sair do centro-sul e caminhar para o Norte e o Nordeste. Se não acontecer isso, continuaremos com um processo de migração do Nordeste, como eu fui, tentar a sorte numa cidade grande do Sul - afirmou.

No discurso, o presidente citou projetos do governo para o Nordeste, como o projeto do biodiesel e a transposição do Rio São Francisco. Para Lula, essa política não privilegia o Nordeste, mas recupera o que historicamente não foi feito pela região.

- Se é verdade que em algum momento o dinheiro no Nordeste foi desviado, é verdade que dinheiro também foi desviado em outras partes do país. E é verdade que outras partes do país têm as vantagens comparativas que não tem o Nordeste brasileiro e precisa ser dotado. Se a Sudene sofreu deformação, se a Sudam sofreu deformação no seu processo histórico, não podemos punir a instituição, mas dar as instituições oportunidade de ter homens de bem dirigindo-as para que cumpram suas responsabilidades.

Lula lembrou que ouviu muitos desaforos ao prorrogar a Zona Franca de Manaus até 2023, medida adotada no início de seu governo, mas afirmou que as pessoas deveriam conhecer o local e os benefícios para a região antes de criticar a medida:

- É muito fácil ficar das hostes de Brasília fazendo julgamento de um país em que muitas nunca colocaram os pés lá.

No discurso, o presidente afirmou que as demandas de um governante são infinitas e que, quanto mais reivindicações são atendidas, mais a população quer.

- Não é a solução que resolve os problemas de um governante. Obviamente, os problemas são infinitos e as coisas que nós temos que fazer são infinitas. Quanto mais você fizer, mais o povo vair querer. Quanto mais o povo aprende a gostar de uma coisa mais, ele quer uma coisa melhor. Isso é da natureza - afirmou o presidente





Fonte: O Globo

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