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Nacional
Segunda - 04 de Abril de 2005 às 13:26

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva exortou a Polícia Federal a ter o mesmo empenho destinado à investigação sobre a morte da freira Dorothy Stang, em fevereiro, para prender os autores da chacina do Rio de Janeiro, na semana passada.

"Nós não podemos deixar isso passar, não pode cair no esquecimento, não pode demorar muito. Nós temos que ser tão precisos quanto fomos no caso da irmã Dorothy. Colocar o que a gente tiver de potencial de ação da nossa polícia para prender essas pessoas", afirmou Lula nesta segunda-feira em seu programa quinzenal de rádio, Café com o Presidente.

Na noite de quinta-feira, pelo menos 30 pessoas foram mortas por disparos feitos a esmo por homens armados que percorreram ruas de Queimados e Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, promovendo a maior chacina da história do Estado.

O presidente pediu eficiência semelhante à vista no caso da freira norte-americana. A polícia prendeu as quatro pessoas apontadas de envolvimento no assassinato da missionária e ainda investiga um possível consórcio de fazendeiros que também poderiam ter participação no crime.

A religiosa trabalhava com comunidades e movimentos sociais da região da rodovia Transamazônica, denunciando a ação de madeireiros, grileiros e fazendeiros na exploração ilegal da floresta.

"Isso é o mínimo que o Estado pode oferecer para essas pessoas que estão sofrendo tanto, porque eu imagino um sofrimento de um pai que perde um filho, de uma pessoa que perde um parente ou um amigo", observou Lula, afirmando que não vai descansar enquanto os responsáveis pela chacina não forem presos.

O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, informou em entrevista coletiva no domingo que quatro policiais militares foram identificados como suspeitos pelas mortes no Rio.

PAPA

Lula dedicou a maior parte de seu programa de rádio ao papa João Paulo 2o. Ele falou sobre seus planos de ir ao funeral do pontífice, que ocorre na sexta-feira, e prometeu convidar os presidentes da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para a viagem a Roma com a comitiva presidencial.

O convite a Severino Cavalcanti pode ajudar num processo de reaproximação. Desde sua eleição, Severino vem travando uma queda-de-braço com o governo, contrariando em vários momentos os interesses do Palácio do Planalto na tramitação de projetos na Câmara.

A situação se agravou depois que Severino ameaçou levar seu partido para a oposição caso o presidente não nomeasse um pupilo seu para o Ministério das Comunicações.




Fonte: Reuters

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