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Nacional
Domingo - 03 de Abril de 2005 às 18:08
Por: Juliana Cézar Nunes

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Brasília – Cerca de 600 agentes da Força Nacional de Segurança Pública passam a agir no Rio de Janeiro nos próximos dias. De acordo com o ministro Márcio Thomaz Bastos, a equipe atuará no estado por tempo indeterminado. "Estamos acertando os últimos arremates no Bope (Batalhão de Operação Especiais) do Rio – local em reforma para alojar os agentes – para então enviar a Força", revelou o ministro, ao sair da Granja do Torto.

Thomaz Bastos foi chamado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para conversar sobre o andamento das investigações da chacina na Baixada Fluminense. Trinta pessoas foram assassinadas na madrugada de sexta-feira. Uma testemunha se apresentou à Polícia Federal e reconheceu quatro policiais militares que teriam participado da chacina. Três já estão presos.

"Não se pode dizer que o crime está desvendado, mas é um caminho bem seguro que agora precisa ser confirmado pelo resto das investigações", avalia o ministro da Justiça, que, a pedido do presidente Lula, mobilizou forças federais para atuar no caso. A Polícia Federal já abriu um inquérito. O superintendente da PF no Rio, José Nilton Rodrigues, agora despacha de Nova Iguaçu.

Sobre a possibilidade de o governo federal enviar uma Força Tarefa ao estado, Thomaz Bastos acredita que o modelo de ação conjunta utilizada nas últimas operações é mais adequado. Ele citou casos recentes como os de Unaí (MG), onde aconteceu, em janeiro de 2004, o assassinato de três auditores fiscais do Ministério do Trabalho e de um motorista; Felisburgo (MG), onde, em novembro, ocorreu o massacre de cinco assentados do Movimento dos Sem-Terra); e Anapu (PA), onde foi morta em janeiro a freira Dorothy Stang. Segundo o ministro, esses foram casos em que a cooperação com as polícias lçocais permitiu que o crime fosse desvendado, e os principais acusados presos.

"No Rio, já estamos fazendo uma espécie de Força Tarefa com o gabinete de gestão integrada de segurança. É uma Força Tarefa sem as desvantagens de uma Força Tarefa, como a transitoriedade", ressalta o ministro, que tem conversado com a governadora do Rio, Rosinha Matheus, e o secretário de Segurança do estado, Marcelo Itagiba. "Estamos o tempo todo trabalhando em cooperação e parceria. Acho que esse é o segredo do êxito."




Fonte: Agência Brasil

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