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Politica Brasil
Sexta - 01 de Abril de 2005 às 10:59
Por: Aline Fernandes

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A reativação da Câmara Técnica dentro do Ibama - com a participação de entidades de classe (sindicatos madeireiros, Incra, Fema, Crea, Federação das Indústrias, etc) - pode amenizar alguns problemas enfrentados pelo setor, quanto à agilidade na liberação de processos, como os projetos de manejo. A alternativa surgiu durante reunião entre empresários e lideranças do setor madeireiro, o presidente da Federação das Indústrias, Nereu Pasini e o gerente do Ibama, Hugo Werle, ontem (31-03), na sede da Fiemt, em Cuiabá.

Segundo o presidente da Fiemt, cerca de 80% das dificuldades burocráticas e documentais que emperram a produção do setor poderiam ser amenizadas com a reativação da Câmara Técnica. Segundo o líder industrial, a Câmara ainda agiria como um agente de aproximação entre o Instituto e os Sindicatos representativos da indústria madeireira de Mato Grosso. “A flexibilidade na liberação de projetos de manejo, por exemplo, acarretaria uma diminuição significativa nas explorações ilegais feitas pelos proprietários de terra”, analisou.

Uma outra reivindicação apresentada pelos madeireiros ao gerente do Ibama refere-se ao parcelamento ou fragmentação da compra de reposição florestal. Segundo explica o Técnico do Meio-ambiente da Fiemt, Álvaro Leite, as empresas que utilizam a matéria-prima madeira de desmatamento são obrigadas a pagar a reposição florestal de acordo com o seu consumo. “Até ai tudo bem. O problema é que este pagamento, para o consumo de um ano, está sendo feito de forma antecipada, única e integral. A nossa solicitação é que ele seja feito em parcelas, durante o ano”, afirmou o presidente do Sindusmad – Sindicato das Indústrias Madeireiras do Norte do Estado de Mato Grosso, Jaldes Langer.

O terceiro ponto discutido foi a possibilidade das ATPF’s – Autorização de Transporte de Produtos Florestais não vir com vencimentos em suas guias. “Essa política já era praticada há tempos atrás e facilitava o controle do produtor. A ATPF tem que ser entendida como um ‘talão de cheques’ ao produtor, para que elas não sejam perdidas por causa de vencimentos”, analisou Sidnei Belincanta, vice-presidente do Sindusmad e Diretor da Fiemt. Outra proposta é que o vencimento das guias da ATPF siga o mesmo prazo da autorização de exploração, que é de 12 meses.

O gerente do Ibama se mostrou satisfeito com o resultado da reunião. “O nosso objetivo é buscar entendimento entre o Ibama e os empresários madeireiros que estão operando regularmente”, afirmou. O presidente da Fiemt sugeriu que os sindicatos e o Instituto tenham mais reuniões periódicas, para que os problemas do setor sejam resolvidos. “O setor madeireiro é um dos que mais geram emprego e renda ao Estado. Por isso, precisam ser ouvidos quanto às suas reivindicações”, finalizou, lembrando que a Federação das Indústrias irá entregar documento oficial com as reivindicações apresentadas durante a reunião na semana que vem.




Fonte: Da Assessoria

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