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Meio Ambiente
Quarta - 30 de Março de 2005 às 16:07

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São Paulo - Um estudo científico divulgado nesta quarta-feira revela que o abalo sísmico de 26 de dezembro, que causou o tsunami devastador no Oceano Índico, teve magnitude 9,3 na Escala Richter, o dobro do que foi estimado inicialmente.

O sismo de dezembro passado dividiu o fundo do mar desde o norte da ilha indonésia de Sumatra ao longo de 1.200 km, o dobro do que se pensava a princípio, afirmam os autores do estudo, publicado na revista semanal científica britânica Nature, que sai nesta quinta-feira.

Inicialmente, acreditou-se que tinha sido um terremoto de 9,0 na Escala Richter. Como a escala é logarítmica, a diferença entre 9,3 e 9,0 é de 2,5 vezes, explica o estudo. Com isso, o sismo passa a ser classificado como o segundo mais forte já registrado - o primeiro foi no Chile, em 1960, com magnitude 9,5.

O tremor ocasionou tanta tensão geológica naquela região do Índico que, teoricamente, não deveria ser registrado nenhum outro abalo sísmico de magnitude semelhante nem um tsunami parecido na região durante 400 anos, afirmam os geólogos Seth Stein e Emile Okal, da Universidade Northwestern de Illinois.

Mais para o sul, porém, a situação é muito diferente. Os cientistas - que escreveram este estudo antes do tremor da última segunda-feira, que também afetou a região oeste de Sumatra - advertiram com extraordinária premonição que um grande abalo sísmico com potencial para gerar um grande maremoto continuaria sendo uma ameaça no sul da região.

O terremoto de 26 de dezembro aconteceu perto do litoral noroeste de Sumatra, o ponto onde a placa tectônica do continente índico deslizou para debaixo da microplaca burma.




Fonte: Agência Estado

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