Presidente do Quirguistão admite renunciar se tiver "proteção"

O presidente deposto do Quirguistão, Askar Akayev, admitiu nesta terça-feira renunciar se forem lhe dadas "relevantes proteções legais".

A informação foi dada em uma entrevista coletiva, que foi exibida pela TV estatal russa.

Ao ser questionado se estaria preparado para deixar o cargo mais cedo, ele respondeu: "Claro, claro, se me forem dadas relevantes garantias e se estiver plenamente de acordo com a legislação corrente no Quirguistão".

Ele não especificou exatamente à qual legislação se referia.

Os líderes do Quirguistão marcaram novas eleições presidenciais para 26 de junho.

A declaração de Akayev contrasta com comentários feitos por ele mais cedo. Em uma entrevista à uma rádio, Akayev havia confirmado que estava na Rússia, mas fora de Moscou e disse não estar disposto a renunciar.

"Eu não renunciei como presidente. Eu sou o único e legítimo presidente do Quirguistão. No momento, não vejo nenhuma razão ou justificativa para renunciar", afirmou.

As duas entrevistas ocorrem menos de uma semana após manifestantes terem invadido prédios governamentais em Bishkek, na capital do Quirguistão, forçando Akayev a deixar o país.