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Internacional
Domingo - 27 de Março de 2005 às 13:40

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Havana - Após reunir-se com o presidente Fidel Castro, funcionários e dissidentes, o comissário europeu Louis Michel encerrou neste sábado sua viagem pelo país e se mostrou otimista sobre a possibilidade de abertura das relações deterioradas pelo bloqueio continental à ilha.

Sua visita "abriu perspectivas sérias de um diálogo político sincero e mutuamente benéfico", disse Michael, o representante de mais alta hierarquia a visitar a ilha nos últimos dois anos.

Durante uma entrevista concedida à imprensa, Michal assegurou que algumas diferenças existem ainda em relação às liberdades civis e em particular com a permanência na prisão de 61 opositores que o governo cubano levou aos tribunais acusados de colaborar com os Estados Unidos para destruir a revolução.

O comissário reconheceu que não obteve uma promessa das autoridades de libertá-los, mas falou do tema com as autoridades e sua esperança "é maior agora do que antes de vir aqui".

Em 2003, 75 dissidentes foram presos e 14 deles foram postos em liberdade em 2004 por razões de saúde e em repúdio, a União Européia impôs sanções à ilha. Em dezembro, o bloqueio deverá ser revisto junho. O comissário se mostrou contrário às sanções por não conduzirem a um verdadeiro diálogo.

"Os passos devem ser dados nas duas direções", disse Michel, que destacou que ambos os lados devem manter uma atitude de aprendizagem e cooperação. Cuba insistiu em que a atitude da UE de castigar a ilha era um hábito dos Estados Unidos em sua política de quatro décadas de hostilidades com o país de Fidel Castro.

O funcionário, que chegou em Cuba na quinta-feira à noite, manteve uma conversa de quatro horas com o líder cubano, que começou na sexta-feira e terminou na madrugada de Sábado.

"Falamos sobre tudo, inclusive sobre temas difíceis e espinhosos e há um interesse comum em retomar o diálogo político", disse Michel. Segundo o comissário, foi um encontro agradável e franco. Na tarde de sábado, Michal recebeu dissidentes, entre eles Oswaldo Payá, Manuel Cuesta Morúa e duas esposas de ativistas presos, além de se reunir com outras autoridades cubanas.




Fonte: AP

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