Detentos do Centro de Ressocialização de Sorriso, cidade distante a 420 quilômetros da capital, alegaram sofrer maus tratos e reclamaram da falta de atendimento médico e medicamentos na unidade prisional. As reivindicações e denúncias foram apresentadas à Defensoria Pública do Estado nesta semana após 60 detentos fazer motim na última sexta-feira (23).
De acordo com o defensor público, Fábio Sant’Ana, responsável por intermediar as negociões, os reeducandos também cobraram mais visita de crianças, que só estaria sendo permitida uma vez ao mês. A orientação, de acordo com o defensor, foi de liberar estas visitas até que exista uma regulamentação do Juízo da Infância a este respeito
Conforme informações do defensor público, a reunião foi realizada com o diretor do presídio e com um representante de cada cela da unidade de detenção. Os presos foram orientados a encaminhar as denúncias à Defensoria Pública.
A Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) informou que as reivindicações estão sendo analisadas e que a diretoria do presídio deverá encaminhar um relatório à Vara da Infância e Juventude do município.
Motim
Cerca de 60 detentos do Centro de Ressocialização de Sorriso iniciaram um motim no última sexta-feira (23), mas foram contidos por policiais militares. De acordo com o capitão da PM, Jorge Almeida, os reeducandos saíram para tomar banho de sol quando pegaram colchões e deixaram em frente das celas, ameaçando atear fogo.
Por isso, a direção da unidade, segundo o capitão, cortou a energia e o fornecimento de água nas celas durante o princípio de motim. No entanto, eles não estavam armados, conforme a polícia. Uma equipe da Força Tática da PM foi chamada para conter os ânimos dos reeducandos e fazer com que voltassem para as celas antes de servir o almoço. Vários familiares dos presos foram até o local temendo o que pudesse acontecer.
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