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Nacional
Quinta - 24 de Março de 2005 às 06:12

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Na primeira reunião ministerial realizada depois das mudanças no primeiro escalão do governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deixou claro que a Coordenação Política não caberá mais exclusivamente ao ministro Aldo Rebelo.

Lula irá agir pessoalmente e com mais freqüência nas negociações e pediu, na manhã desta quarta-feira, o comprometimento de todos os ministros no sentido de melhorar o relacionamento com os parlamentares no Congresso Nacional.

Segundo o presidente, é preciso que cada ministro se empenhe para receber os deputados e senadores, assim como suas principais solicitações, como forma de garantir ao Executivo um apoio mais sólido da base aliada do governo.

"Ele (o presidente) pediu que o relacionamento com o Congresso melhore, e isso depende de cada um dos ministros. Eles precisam estar mais atentos às audiências com os parlamentares e aos (seus) pleitos", afirmou o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP).

O presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), também considera fundamental para a coordenação política do governo que todos os ministros se envolvam nas articulações com o Congresso Nacional.

Calheiros lembrou que essa sistemática funcionava no passado, e deve ser retomada. "Se uma pesoa só assume a responsabilidade, fica difícil, os resultados são mais complicados. Essa base é complexa, heterogênea, que conflita eleitoralmente nos Estados, e é fundamental envolver todos os ministros políticos na administração dela. Se não for assim, nós corremos o risco de continuar com poucos, pouquíssimos resultados", enfatizou.

Além de cobrar mais empenho dos ministros para melhorar a relação com o Congresso, o presidente também pediu mais trabalho e coesão aos seus auxiliares diretos.

Segundo o ministro da Justiça, Marcio Thomaz Bastos, o presidente Lula fez uma exposição sobre as prioridades do governo para 2005, como as obras de transposição do rio São Francisco, a ferrovia Transnordestina e a implantação do projeto de biodiesel no país.

"Ele disse que acha que este ano será o nosso ano, muito favorável ao país. Está bastante otimista com o crescimento da economia, e agora cada ministro tem que arregaçar as mangas, atingir as metas que foram programadas, e trabalhar aprimorando a gestão", afirmou o líder Mercadante.

Segundo o senador, o presidente também fez um apelo para a redução de gastos no Executivo e melhorias na aplicação dos recursos federais. "O objetivo é que o país tenha mais capacidade de investimento, o que é muito importante para o crescimento e a geração de emprego", explicou Mercadante.

Mesmo sem ter sido contemplado na reforma com um ministério, o PP continuará apoiando o governo federal na Câmara dos Deputados. Segundo o presidente do partido, deputado Pedro Correia (PE), o PP tem responsabilidade com o país e vai ajudar na aprovação de matérias prioritárias para o crescimento.

"Vamos continuar ajudando o presidente nas votações no Congresso. Sempre fomos aliados aqui, com ou sem ministério", garantiu.




Fonte: Agência Brasil

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