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Esportes
Sexta - 18 de Março de 2005 às 11:30

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Madri - Num movimento inédito no país, sindicato dos jogadores de futebol, dirigentes da federação e de clubes, e representantes do governo assinaram nesta sexta-feira um protocolo que pretende estabelecer as bases de uma ampla campanha de combate ao racismo no futebol espanhol.

O documento prevê 31 medidas de prevenção e proteção da integridade física e moral das vítimas de atos racistas; identificação e controle dessas ações, além de repressão e punição aos autores ou daqueles que possam de alguma maneira ter incitado ou induzido uma ação de caráter racista

"O futebol - e o esporte em geral - talvez seja o instrumento mais adequado para acabar com qualquer tipo de discriminação. Hoje é um dia importante, pois com a assinatura deste documento, queremos dizer de maneira clara que o futebol é contra o racismo e mais que isso: o esporte pretende se converter num símbolo de integração”, disse o secretário de Estado do Esportes, Jaime Lissavetzky.

O texto prevê alterações na legislação do país e inclui o compromisso das autoridades públicas de fiscalizar os órgãos disciplinares da Federação de Futebol e da Liga de Clubes “para que apliquem de forma inflexível” as novas regras - que qualificam como infrações muito graves os atos racistas, de xenofobia e de intolerância.

O pacote prevê ainda medidas que vão facilitar a identificação de grupos ultraconservadores e ligações destes com movimentos de inspiração nazista. Além disso, os clubes deverão adotar medidas internas contra os seus próprios torcedores envolvidos em incidentes racistas.

As súmulas dos árbitros terão, obrigatoriamente, de registrar qualquer incidente deste tipo e estarão autorizados a suspender qualquer partida quando “as ofensas se transformarem num grave risco”. A Secretaria de Estado de Imigracão se comprometeu a modificar a legislação para assegurar tratamento igualitário para esportistas estrangeiros.

O documento recomenda ainda a adoção de campanhas de esclarecimento, elaboração de um guia de procedimentos e um plano de atuação. Os clubes se comprometem a difundir em seus jogos mensagens de reprovação e terão autonomia para retirar do estádio os autores de atos racistas.




Fonte: Agência Estado

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