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Terça - 15 de Março de 2005 às 18:14

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Os maiores especialistas em tênis do país se disseram surpresos pela decisão de Gustavo Kuerten de colocar fim aos 15 anos de parceria e demitir o técnico Larri Passos. Não houve, entretanto, nenhuma voz que criticasse a decisão de Guga.

"Acho natural e saudável. É positivo desde que cada um saiba cuidar de seu próprio nariz", disse o ex-jogador Tomas Koch ao diário "Lance". "É uma decisão muito pessoal. Eles tinham uma parceria de anos e devem ter um motivo para finalizá-la", opina Jaime Oncins, ex-capitão da Copa Davis, no mesmo jornal.

Já Fernando Meligeni, atual capitão da equipe brasileira na Davis, também ouvido pelo "Lance", elogiou a parceria e os resultados obtidos. "Imagino que foi um rompimento amigável. Eles se dão muito bem, o Larri fez muita coisa pelo Guga e vice-versa. É uma parceria de sucesso que chegou ao fim".

Para o semifinalista de Roland Garros, Guga terá de levar em conta razões pessoais para escolher um novo técnico. "Não sei quem poderia ser seu técnico. Tem que ser uma pessoa com quem ele se sinta à vontade", declarou Meligeni.

Dois jornais arriscaram os motivos para o rompimento. E ambos foram na mesma direção. O "Estado de S. Paulo", em matéria assinada pelo jornalista Chiquinho Leite Moreira, publica que Larri vinha perdendo espaço junto a Guga desde que o tenista realizou sua segunda operação no quadril, em setembro do ano passado.

"Larri queria antecipar a volta de Guga ao circuito. O tenista preferiu manter o plano de só jogar a partir de 4 de abril, em Valencia. O rteinador não participou do processo de recuperação, ao contrário do que ocorreu na primeira cirurgia. Seu papel estava reduzido aos treinos em quadra, sem dar palpites na fisioterapia ou no calendário. Foi a gota d'água", escreve o jornal.

O "Globo", por sua vez, segue a mesma linha de raciocínio. "Se o laço pessoal entre Guga e Larri permanece inabalável, o profissional já foi mais forte. Nos últimos meses, o trabalho do treinador estava mais limitado aos treinos em quadra, abrindo espaço para outros profissionais", publica o jornal carioca, sugerindo que Larri, centralizador, também não estava satisfeito com seu atual status junto ao tenista.

Para o empresário Paulo Carvalho, que cuida das carreiras de Guga, do próprio Larri Passos e de Ricardo Mello, atual número um do país, a separação não é preocupante. "Sei que posso confiar na decisão de Guga. A cabeça dele mudou, está mais maduro. Ele não é mais um menino", diz Carvalho.





Fonte: 24 Horas News

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